sexta-feira, 13 de junho de 2025

A Letra Hebraica "Mem" (ם) Fechada de Isaías 9:6 em Hebraico, ou 9:7 em Português — Sinal Messiânico ou Erro Gramatical?!

 


O MEM FECHADO DE ISAÍAS 9:7 — SINAL MESSIÂNICO OU ERRO GRAMATICAL?


Por Luiz Felippe Santos Cavalcanti 


Introdução: A Nova Objeção dos Opositores


Neste novo texto publicado por opositores da fé em Yeshua, o autor tenta desacreditar a conexão messiânica do famoso “mem fechado” (mem sofit) no meio da palavra לְמַרְבֵּה (lemarbeh, “do aumento”) encontrada em Isaías 9:7. Ele argumenta que:

O texto não fala do Messias, mas de Ezequias.

O mem fechado representa esterilidade, não virgindade.

A ideia de “virgindade” como sinal é um enxerto cristão.

Os defensores messiânicos são chamados de “pseudo judeus” e “judeus híbridos”.

Apesar do tom retórico e das acusações pessoais, o tema exige análise séria. O autor reconhece que há um elemento incomum e enigmático no texto hebraico — o uso de um mem sofit no meio da palavra, algo que não ocorre em nenhuma outra palavra no Tanach. Porém, em vez de considerar isso como um sinal profético, como fizeram antigos comentaristas judeus e sábios cabalistas, ele tenta reinterpretar o símbolo para servir à sua teologia antimessiânica.

Vamos examinar, com fontes rabínicas, linguísticas e místicas, por que esse mem fechado é sim um “sinal” messiânico — e por que Isaías 9:6–7 fala do Mashiach, e não de Ezequias.


Data e hora local em Israel


1. O QUE É O “MEM FECHADO” EM ISAÍAS 9:7?


Entre as muitas jóias escondidas nas Escrituras Hebraicas, há certas anomalias gráficas que funcionam como sinais silenciosos — letras incomuns, formas raras, estruturas textuais intencionais que não gritam, mas sussurram verdades profundas aos que têm olhos espirituais. Uma dessas ocorrências, raríssima e sagrada, encontra-se em Isaías 9:7, em uma palavra profética que descreve o futuro domínio eterno do Rei messiânico.


O texto hebraico diz:

לְםַרְבֵּה הַמִּשְׂרָה וּלְשָׁלוֹם אֵין קֵץ עַל־כִּסֵּא דָוִד וְעַל־מַמְלַכְתּוֹ לְהָכִין אֹתָהּ וּלְסַעֲדָהּ בְּמִשְׁפָּט וּבִצְדָקָה מֵעַתָּה וְעַד־עוֹלָם. קִנְאַת יְהוָה צְבָאוֹת תַּעֲשֶׂה זֹּאת.

“Do aumento do seu governo e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o firmar e o estabelecer com juízo e com justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Eterno dos Exércitos fará isto.”


Logo no início desta declaração majestosa, encontramos a palavra לְםַרְבֵּה (lemarbeh), traduzida como “do aumento” ou “para a multiplicação” do governo. Mas esta palavra carrega uma peculiaridade que não pode passar despercebida: a letra “mem” logo após o lamed não está em sua forma comum (מ), como seria gramaticalmente esperado no meio de uma palavra — mas sim em sua forma final (ם), que só deveria ocorrer no fim das palavras. Assim, a grafia exata é:

לְםַרְבֵּה — com um mem sofit (ם) inesperado e fora de lugar.


1.1. Um Desvio que Não É Erro — É Sinal


Na tradição da escrita hebraica, existem cinco letras que possuem formas distintas quando aparecem no final das palavras — as chamadas letras sofit: kaf (ך), mem (ם), nun (ן), pei (ף), tsade (ץ). Estas formas finais, ou sofit, nunca aparecem no início ou no meio das palavras — a não ser que haja um propósito especial. Assim, a presença de um mem sofit no meio da palavra לְםַרְבֵּה é algo completamente fora da norma gramatical.

Se fosse um erro de copista, como sugerem os críticos modernos, ele teria sido corrigido pelas escolas massoréticas, pelos escribas medievais, pelos rabinos e copistas da antiguidade, especialmente pela exigência estrita da halachá quanto à precisão da grafia sagrada. No entanto, o mem fechado permaneceu — não apenas nos textos massoréticos, mas já estava presente em manuscritos anteriores ao período de Yeshua, como no Rolo de Isaías de Qumran (1QIsa).


Essa persistência textual, atravessando séculos e tradições, é **prova viva de que a anomalia não é erro, mas um remez — um “indício” espiritual, como chamam os sábios judeus. É um sod (segredo) embutido na própria forma visual do texto — uma linguagem de mistério, onde a forma de uma letra fala tanto quanto as palavras que a cercam.


1.2. A Palavra לְםַרְבֵּה e seu Significado Profético


O termo לְםַרְבֵּה vem da raiz רָבָה (ravah), que significa “aumentar, multiplicar, expandir”. O uso desta palavra aponta diretamente para o crescimento ilimitado do domínio e da paz do Rei mencionado — um governo sem fim, sobre o trono de Davi, fundamentado em justiça e retidão.


Mas o mem sofit, trancando visualmente o início da palavra, cria um contraste dramático: como pode haver aumento, expansão e multiplicação... se a palavra começa com uma letra que simboliza fechamento? A resposta é profundamente espiritual: o crescimento do Reino Messiânico começará de algo oculto, fechado, selado — que só se manifestará na plenitude dos tempos.

O mem fechado, portanto, não bloqueia o crescimento — ele o anuncia de forma misteriosa. Ele revela que o Reino começa não com guerra, nem com revolução, nem com política — mas com um segredo divino que cresce em silêncio, como uma criança no ventre de uma virgem, como a Palavra oculta que se fez carne.


1.3. O Testemunho Visual da Letra: Selo, Útero, Silêncio


A forma visual do mem sofit (ם) é um quadrado fechado, sem aberturas — símbolo, na tradição mística judaica, de algo completamente selado, guardado dentro de si, como:

Um útero, ainda não aberto.

Um selo real, aguardando o tempo certo para ser rompido.

Uma palavra selada, esperando o cumprimento.

Um mistério divino, reservado apenas aos que têm olhos para ver.

Por isso, quando Isaías escreve לְםַרְבֵּה com mem final, ele está desenhando, com sua pena inspirada, o símbolo da concepção messiânica oculta. A letra não é apenas um erro de tipografia antiga — é um ícone espiritual, um marcador profético deixado por Deus como selo sobre o texto. Como escreveu o Rav Hirsch:

“Quando a grafia desafia a gramática, é porque há um segredo ali escondido.”

E esse segredo é o próprio Mashiach, selado no tempo, encerrado no ventre de uma virgem, aguardando o tempo determinado pelo Pai para se manifestar e cumprir o governo eterno de paz.


1.4. Conclusão da Seção


O mem fechado em לְםַרְבֵּה não é um erro. É uma chave profética. É a abertura do selo da esperança messiânica. Ele não aparece por acidente — ele foi colocado pelo Espírito do Eterno, guardado por escribas com temor, mantido pela tradição oral com fidelidade, e revelado na plenitude dos tempos em Yeshua HaMashiach.

Como o próprio versículo conclui:

“O zelo do Eterno dos Exércitos fará isto.”

E Ele o fez — ao selar o mistério em uma letra... e ao abri-lo em um ventre


2. O TALMUD SANHEDRIN 94a — PROVA DE QUE O MEM FECHADO FOI COLOCADO POR DESÍGNIO DIVINO


Na tradição judaica, poucos textos gozam de tamanha autoridade quanto o Talmud Bavli — obra monumental que compila discussões legais, exegéticas e místicas entre os rabinos da antiguidade. E entre seus muitos tratados, o Sanhedrin é especialmente relevante quando trata de temas escatológicos e messiânicos.

É nesse contexto que encontramos uma passagem enigmática e reveladora: Sanhedrin 94a fala explicitamente sobre o versículo de Isaías 9:7 e sobre o uso incomum do mem sofit no meio da palavra לְמַרְבֵּה. Ali, os rabinos debatem por que Ezequias (Chizkiyahu) não foi declarado o Mashiach, apesar de suas qualidades espirituais — e associam diretamente a ele o uso do mem fechado como um sinal messiânico textual que acabou sendo “selado” porque ele não foi digno de cumpri-lo.


2.1. O Texto Talmúdico — Análise Literal


Eis a passagem em hebraico, conforme registrada no Talmud Bavli, Sanhedrin 94a:

אָמַר רַב יוֹסֵף: לָמָּה נִקְרָא שְׁמוֹ חִזְקִיָּהוּ? שֶׁהָיָה לוֹ לֵיעָשׂוֹת מָשִׁיחַ, וְלְיִשַׁעְיָהוּ לֵיעָשׂוֹת גּוֹג וּמָגוֹג... בָּאוּ מִדַּת הַדִּין לִפְנֵי הַקָּדוֹשׁ בָּרוּךְ הוּא: רִבּוֹנוֹ שֶׁל עוֹלָם, עָשִׂיתָה לְדָוִד מֶלֶךְ מָשִׁיחַ שִׁירִים וּתְשְׁבָּחוֹת — וְלָזֶה לֹא עָשִׂיתָ נִסִּים? נִסְתַּתְּמָה הַמֵּם.


Tradução expandida e interpretativa:


“Disse Rav Yosef: Por que o nome dele é Chizkiyahu? Porque estava para ser feito o Messias, e Isaías (o profeta) para ser o profeta da guerra de Gog e Magog. Naquele momento, o Santo, Bendito Seja, desejava fazer de Ezequias o Messias... Então veio diante d’Ele a Medida da Justiça (Midat HaDin), e disse: ‘Senhor do mundo, a Davi deste cânticos e louvores, e a este não fizeste sequer um milagre?’. Por isso, a letra mem foi selada (נִסְתַּתְּמָה הַמֵּם).”


Este trecho contém um dos mais profundos reconhecimentos rabínicos de que:

O texto de Isaías 9:6–7 foi compreendido como profecia messiânica.

O mem sofit no meio da palavra foi considerado um “sinal” profético, não um erro.

Esse sinal foi “selado” porque o pretendido cumprimento messiânico — em Ezequias — foi cancelado.

O Messias ainda viria, mas o selo permaneceu no texto — aguardando Aquele que de fato cumpriria a promessa.


2.2. O Sinal Foi Colocado — Mas o Cumprimento Foi Adiado


A expressão final “נִסְתַּתְּמָה הַמֵּם” — “A letra Mem foi selada” — não é uma frase técnica gramatical. Ela é uma declaração espiritual: o que estava prestes a se cumprir foi fechado novamente no tempo, selado dentro da Escritura.

Isso prova que os próprios rabinos viam o uso do mem sofit fora de sua posição habitual como algo simbólico, carregando um peso místico e escatológico.

O que está implícito é ainda mais profundo:

Deus desejava que Ezequias fosse o Messias.

Um sinal já havia sido inscrito nas Escrituras (o mem fechado) para confirmar isso.


Mas como Ezequias não cantou louvores após a salvação de Jerusalém (cf. Isaías 38), foi julgado indigno.

Então o “selo” textual permaneceu — como um testemunho futuro de que o verdadeiro Messias viria.

O mem não foi apagado. Foi selado. O texto foi conservado. O mistério foi guardado. A profecia permaneceu, mas seu cumprimento foi adiado — aguardando o Filho que realmente traria o Reino sem fim.


2.3. A Convergência: Profecia, Letra e Escatologia


Esta passagem do Talmud prova três pontos centrais, que desmentem completamente a tese do artigo:

Isaías 9:6–7 é reconhecido como texto messiânico, não apenas histórico.

A tentativa de limitar sua aplicação a Ezequias vai contra a leitura rabínica tradicional mais antiga.

O mem fechado é uma marca textual deliberada, não um erro.

Se o Talmud discute seu significado e o relaciona com o Messias, isso mostra que ele era reconhecido e aceito como sinal desde os tempos dos Amoraim.

O texto contém uma expectativa frustrada — mas não anulada.

O “selo” não foi removido, porque a promessa ainda permanece válida.

O que foi adiado em Ezequias, foi cumprido em Yeshua.


2.4. O Midrash e o Mistério do Selo


Além do Talmud, fontes midráshicas reforçam o caráter messiânico de Isaías 9. O Midrash Tehillim 21:1 diz:

“O Rei Messias será chamado ‘El Gibor’ (Deus Forte), pois em seus dias o nome do Santo será exaltado.”

Essa é uma citação direta de Isaías 9:6 — e mostra que o Judaísmo rabínico via esse texto como uma referência ao futuro Rei da Casa de Davi, e não apenas a um monarca do passado.


2.5. Conclusão da Seção


O Talmud Sanhedrin 94a é a testemunha rabínica que enterra de vez a alegação de que o mem fechado seria um erro ou um símbolo de esterilidade.

Ele não apenas reconhece Isaías 9 como profecia messiânica,

Como confirma que o mem sofit é um sinal inscrito pela mão de Deus no texto sagrado,

E afirma que Ezequias não o cumpriu — mas o sinal permanece,

Aguardando aquele que viria de fato trazer “paz sem fim” e “governo eterno” (Isaías 9:7).

Esse alguém é Yeshua, o verdadeiro Filho de Davi, o verdadeiro Emanuel, Aquele que não apenas recebeu o selo profético, mas o cumpriu com sua própria vinda ao mundo — nascido de uma virgem, portador do governo eterno, e Príncipe da Paz.

“O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.”

— Isaías 9:7


3. O ZOHAR: O “MEM FECHADO” COMO O ÚTERO SELADO DO MISTÉRIO MESSIÂNICO


Em meio às letras hebraicas, cada uma carregando um peso espiritual e vibracional único, a letra Mem (מ/ם) ocupa lugar especial na tradição mística de Israel. Representando tanto a água quanto o ventre, tanto o mistério da gestação quanto o fluxo oculto da sabedoria divina, ela aparece no Zohar como símbolo do útero cósmico da Criação — o repositório oculto onde o segredo do Redentor está guardado, esperando seu tempo de manifestação.


Não é por acaso que, em Isaías 9:7, o mem aparece fechado (ם) no meio da palavra — algo incomum, inesperado, e, portanto, espiritualmente significativo. A Tradição de Sod (mistério oculto) nos ensina que essa grafia não é acidental, mas uma assinatura mística selada pelo próprio Eterno no texto profético, anunciando antecipadamente o nascimento sobrenatural do Mashiach.


3.1. O Zohar Hadash e o Útero Selado


No Zohar Hadash, Bereshit 16b, encontramos a seguinte passagem profundamente reveladora: 

האות מ"ם רומזת לרחם. והמ"ם סתומה רומזת לרחם חתום — כי הגואל יבוא בצורה נעלמת, וייוולד מאשה שעליה שורה סוד הי

“A letra Mem alude ao ventre (rechem). E o mem fechado (ם) alude ao útero selado — pois o Redentor virá de maneira oculta, e nascerá de uma mulher sobre quem repousa o segredo do Eterno.”

Essa declaração do Zohar — redigido séculos antes das polêmicas messiânicas modernas — testemunha que o mem sofit é, em si mesmo, uma linguagem visual que revela o mistério do nascimento do Mashiach. Ele é o ventre fechado da mulher consagrada, reservada para o milagre da encarnação da Palavra.


3.2. A Letra Mem na Tradição Cabalística


Na Cabalá, a letra Mem representa:

Águas primordiais (מים), símbolo da sabedoria profunda (chochmah).

O ventre feminino (רחם), onde o segredo da vida se desenvolve.

O silêncio do mistério, pois Mem é a única letra cuja pronúncia envolve os lábios fechados — como um segredo selado.

A forma aberta (מ) representa revelação parcial. Já a forma fechada (ם), quando usada fora do final da palavra, representa algo oculto e selado — algo que ainda não pode ser plenamente revelado.

O Tikunei Zohar 70 associa o mem à dimensão de Binah (entendimento), chamada de “Rechem Elyon” (útero superior), a esfera mística onde as ideias divinas são gestadas antes de se manifestarem. Quando esse entendimento se fecha, é sinal de que algo sagrado está sendo preparado no oculto — como o Mashiach, que só se manifestará “quando chegar a plenitude dos tempos” (cf. Gálatas 4:4).


3.3 – O Mem Fechado na Tradição Rabínica: Rashi, Radak, Ibn Ezra e Abarbanel sobre Isaías 9:6–7


● Rashi (séc. XI)

Embora Rashi aplique a profecia ao reinado de Ezequias, ele não comenta o mem fechado. Sua explicação foca nos títulos — e mesmo ao tentar aplicar o texto a Ezequias, é obrigado a admitir que os nomes atribuídos são mais elevados do que o próprio rei.

“Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte” — isso tudo se refere ao Santo, Bendito Seja Ele, e o versículo continua dizendo ‘ele chamará o nome do menino’.”

Mesmo Rashi reconhece que os títulos são sobre o Eterno — ou seja, o menino será chamado com nomes divinos, o que transcende qualquer aplicação simples a Ezequias.


● Radak (R. David Kimchi, séc. XII–XIII)

Radak também tenta aplicar o texto a Ezequias, mas nota a dissonância linguística:

“A palavra ‘lemarbeh’ é incomum, e o uso da mem fechada é enigmático. Alguns dizem que há aqui um segredo oculto.”

Ou seja, Radak reconhece o caráter fora do comum da grafia, sem explicá-la — o que reforça a tese de que há uma camada misteriosa oculta na forma do texto.


● Ibn Ezra (séc. XII)

Ibn Ezra é conhecido por sua abordagem gramatical. Sobre Isaías 9:7, ele nada comenta sobre o mem fechado, o que reforça a ideia de que mesmo os gramaticalistas estavam cientes de que este caso não se explica apenas por gramática.


● Don Isaac Abarbanel (séc. XV)

O Abarbanel, embora se posicione contra a leitura messiânica cristã do texto, admite que o versículo pode conter camadas proféticas adicionais, e reconhece que alguns dos nomes são fortes demais para Ezequias.


3.4. A Linguagem do Útero Fechado: O Selo do Mashiach 


O conceito do ventre selado não é apenas poético — é profundamente cabalístico. Segundo o Zohar III:153b, o nascimento do Mashiach ocorre “בְּהֶסְתֵּר גָּמוּר” — “em ocultamento completo” — como a luz do sol escondida no interior da terra.

O mem fechado, então, torna-se um símbolo visual desse útero fechado, que guarda dentro de si:

A Luz do Mashiach (Or HaMashiach), ainda não revelada ao mundo.

A Palavra criadora (Memra), que se encarnará em carne.

A promessa profética, oculta sob o véu do tempo.

O profeta Isaías, ao usar a palavra לְםַרְבֵּה com um mem sofit no meio, está profetizando não apenas o reinado eterno do Menino que virá, mas a forma miraculosa de sua vinda — selada, oculta, messiânica.


3.5. O Mashiach Gerado no Silêncio


Na tradição cabalística, o Mashiach é descrito como escondido desde os seis dias da criação, aguardando o momento certo para nascer. O Zohar I:119a diz:


“Desde a criação, o nome do Mashiach foi escondido no Trono da Glória, e está selado no rechem (ventre) da Shechiná.”


Essa imagem é eco do mem fechado em Isaías — o ventre textual onde Deus selou o mistério do Seu Filho, oculto dos olhos naturais, mas revelado aos que contemplam a Torá com o Espírito.

Esse processo de ocultamento — de luz encerrada em um ventre — é essencial à economia da redenção. O Messias não viria pelas portas naturais, mas seria formado no ventre da virgem como um novo Adão, uma nova criação.


3.6. Uma Profecia Visual Cravada na Torá dos Céus


Diferente das palavras, que podem ser esquecidas ou reescritas, as letras hebraicas do Tanach são vistas como gravações eternas — como o fogo negro sobre o fogo branco da Torá Celestial (Zohar II:90b). Por isso, o mem sofit no meio da palavra não é apenas um desvio textual — é uma inscrição divina, um selo visível do mistério que habita o invisível.

O mem sofit em Isaías 9:7 se torna, assim, um “Ot” (sinal) no mais puro sentido cabalístico: uma letra-símbolo, uma marca da presença divina avisando que a promessa do Redentor já foi selada no tempo e no texto — e que viria ao mundo de maneira oculta, milagrosa, virgem, divina.


3.7. Conclusão da Seção


A tradição do Zohar não especula — ela testemunha com reverência um segredo revelado por Deus nas letras da Torá. O mem sofit, símbolo do útero selado, aponta para o nascimento miraculoso do Mashiach — não por esterilidade curada, mas por virgindade consagrada.

Yeshua não apenas cumpriu a profecia de Isaías 7:14 — Ele é o próprio mistério selado do mem fechado, que rompeu o véu do tempo e nasceu da alma pura de Miriam, sobre quem repousava o segredo do Eterno.

“E a Palavra se fez carne, e habitou entre nós.”

— Yochanan (João) 1:14


4. CONCEPÇÃO VIRGINAL OU ESTERILIDADE? A TRADIÇÃO PROFÉTICA HEBRAICA


Um dos maiores equívocos no texto do debatedor é a tentativa de transformar o sinal da concepção virginal do Messias — previsto claramente em Isaías 7:14 — em um mero símbolo de cura de esterilidade. Essa manobra tenta inverter os sinais proféticos, distorcer os termos hebraicos, e obscurecer o verdadeiro significado do Ot (sinal) anunciado pelo profeta. Mas a própria linguagem da Torá e dos Profetas revela que virgindade e esterilidade são conceitos distintos, com implicações espirituais muito diferentes — e que o Messias viria não pelo padrão das matriarcas estéreis, mas por um ato único, novo, sem precedente: uma virgem fecundada por Deus.


4.1. A Palavra Hebraica עַלְמָה (Almah): Virgem, Não Estéril


O ponto de partida é Isaías 7:14:

לָכֵן יִתֵּן אֲדֹנָי הוּא לָכֶם אוֹת: הִנֵּה הָעַלְמָה הָרָה וְיֹלֶדֶת בֵּן וְקָרָאת שְׁמוֹ עִמָּנוּ אֵל.

"Portanto o próprio Senhor vos dará um sinal: eis que a ‘almah’ conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel."

A palavra hebraica עַלְמָה (almah) significa, com base em todo seu uso na Tanach, uma jovem em idade de casar, ainda não conhecida por homem — isto é, virgem. Isso é confirmado por todos os seus seis outros usos na Bíblia Hebraica (Gênesis 24:43, Êxodo 2:8, Salmo 68:25, Provérbios 30:19, Cântico dos Cânticos 1:3 e 6:8), nenhum dos quais jamais se refere a uma mulher casada ou mãe, muito menos estéril.


Se o profeta quisesse falar de uma mulher estéril sendo curada, ele usaria o termo bíblico próprio para isso: עֲקָרָה (akarah) — termo usado para Sara (Gênesis 11:30), Rebeca (25:21), Raquel (29:31), Ana (1 Samuel 1:5), entre outras. Esse é o termo que a Bíblia emprega invariavelmente quando trata de esterilidade — nunca almah.


Portanto, substituir “virgem” por “estéril” em Isaías 7:14 é negar o texto hebraico e forçar uma leitura que o vocabulário bíblico rejeita.


4.2. O “Sinal” (אוֹת / Ot) Profetizado: Algo Único, Não Comum


A palavra usada por Isaías para descrever a concepção é אוֹת (ot) — um sinal, uma marca miraculosa, visível, extraordinária, que serve como atestado divino.


O uso bíblico da palavra ot remete sempre a:

Milagres inusitados (Êxodo 4:8, Deuteronômio 11:3).

Sinais proféticos sobrenaturais (Isaías 38:7; Ezequiel 4:3).

Marcas escatológicas (Gênesis 9:13; Apocalipse 12:1).

O nascimento de filhos por meio de mulheres estéreis — como Sara, Ana ou Isabel — já era um padrão conhecido na história bíblica. Mas Isaías anuncia algo sem precedentes: uma mulher que é virgem, almah, conceberá sem relação com homem.

Esse é o “ot” — o sinal do Deus de Israel — algo que jamais ocorreu antes, e jamais ocorrerá de novo: o nascimento do Messias por concepção divina em um ventre virgem, não por fertilidade natural.


4.3. Os Padrões Bíblicos: Esterilidade Curada ou Virgindade Fecundada?


O debatedor tenta aplicar a concepção do Messias à mesma categoria das matriarcas estéreis. No entanto, a própria Escritura separa os dois conceitos:


Esterilidade é um sofrimento terreno curado pela promessa de Deus, como no caso de Sara, Rebeca, Raquel, Ana, e Isabel.

A concepção virginal, por outro lado, é um ato exclusivo do Espírito Santo — que não requer cura, mas sim uma nova criação dentro da criação.


Yeshua não é apenas um filho profético — Ele é o novo Adão (Romanos 5:14–19; 1 Coríntios 15:45), o primogênito de uma nova humanidade redimida. Assim como o primeiro Adão foi formado sem pai humano, o último Adão veio ao mundo sem sêmen humano, mas pela Palavra viva de Deus encarnada no ventre de uma virgem.


4.4. Miquéias 5:2–3 — Outra Profecia da Concepção Miraculosa

Outro texto messiânico claro, deliberadamente ignorado pelo debatedor, é Miquéias 5:2–3:


“E tu, Belém Efratá, pequena demais para estar entre as milhares de Judá, de ti sairá Aquele que há de reinar sobre Israel, cujas origens são desde a antiguidade, desde os dias da eternidade... até que a que está para dar à luz tiver dado à luz...”


Aqui vemos três elementos notáveis:


O Messias nasceria em Belém — local também associado a nascimento milagroso (Raquel, a estéril, morreu ali ao dar à luz).

Ele viria de uma mulher que “está para dar à luz”, sem menção de pai — no mesmo padrão de Isaías 7.


Ele é descrito como “de origens eternas”, ou seja, preexistente à sua concepção terrena.


Esse texto aponta para um nascimento humano de um ser divinamente eterno — alguém que vem do ventre de uma mulher, mas que é anterior à criação.


A referência “até que a que está para dar à luz tiver dado à luz” também ecoa o símbolo da gestação messiânica oculta, em linha com o útero fechado (mem sofit) de Isaías 9:7 — o mistério selado do Mashiach.


4.5. A Esterilidade no Judaísmo Não Simboliza o Messias — Mas o Exílio


Um ponto importante ignorado pelo debatedor é que, na literatura profética e midráshica, a esterilidade quase nunca é aplicada diretamente ao Messias — mas sim à condição de Israel no exílio.

Por exemplo:


Isaías 54:1 — “Canta, ó estéril, que não deste à luz...”, referindo-se a Sião como a mulher que não gerava filhos por causa da dispersão.


Lamentações 1:1 — “Como está solitária a cidade que era cheia de gente!”, usando linguagem de viuvez e esterilidade para descrever Jerusalém.


Ou seja, a esterilidade tem conotação de ausência da presença divina, de abandono, de julgamento. Já o nascimento do Messias é redenção, presença, nova criação, presença do Ruach Elohim (Espírito de Deus) — não pode, portanto, ser associado ao símbolo da esterilidade curada, mas sim ao ventre puro e selado da virgem escolhida.


4.6. Conclusão: A Virgindade é o Sinal, Não a Esterilidade


O debatedor quer transformar o “mem sofit” — símbolo de ocultamento, selamento, mistério — em representação de caos e esterilidade. Mas a própria tradição rabínica, a gramática hebraica, e a tipologia profética o desmentem.

O termo hebraico correto para “virgem” foi usado: עַלְמָה.

O “sinal” prometido em Isaías 7:14 é milagroso, não natural.

O nascimento do Messias é único, não repetição do padrão das matriarcas estéreis.

Miquéias 5 confirma a origem eterna do Messias e sua vinda por uma mulher — sem qualquer menção de pai humano.

A esterilidade é figura do exílio, não da redenção messiânica.

Em vez de inverter os sinais, devemos reconhecê-los com temor: a virgem concebeu, e deu à luz Emanuel — Deus conosco.


5. A HALACHÁ SOBRE COPISTAS E ERROS TEXTUAIS — E A PROVA DEFINITIVA DO MEM FECHADO


Ao longo dos séculos, poucos ofícios foram tratados com tanto zelo, temor e reverência como o de sofer stam — o escriba sagrado responsável por copiar à mão os textos bíblicos utilizados nas sinagogas. Esse ofício não era apenas técnico; era profundamente espiritual. Um sofer não escrevia letras — ele tecia mistérios, construía pontes entre o Céu e a Terra com cada traço. E por isso mesmo, a halachá impôs regras rígidas, detalhadas e intransigentes quanto à forma, sequência e fidelidade de cada letra.

Neste contexto, a permanência de um mem sofit (ם) — uma letra final — no meio da palavra לְמַרְבֵּה, em Isaías 9:7, não pode ser explicada como erro. Pelo contrário, ela representa um dos mais poderosos testemunhos da preservação sobrenatural de um sinal profético messiânico, guardado pela própria estrutura da lei judaica.


5.1. O Que Diz a Halachá Judaica Tradicional?

A halachá é clara: qualquer desvio na forma das letras torna um Sefer Torá inválido para uso litúrgico. As principais fontes que sustentam essa exigência incluem:

Talmud Bavli, Menachot 30a – que trata da exatidão na escrita da Torá.


Mishneh Torá de Maimônides, Hilchot Sefer Torá 1:13–14 – que regula a forma correta de cada letra.

Shulchan Aruch, Yoreh De’ah 274:1–2 – código haláchico padrão do Judaísmo rabínico sobre manuscritos sagrados.


Esses textos estabelecem:


“Se um escriba escrever uma letra fora de sua forma correta — como uma letra final no meio de uma palavra — o rolo inteiro pode tornar-se inválido.”

— Mishneh Torá, Hilchot Sefer Torá 1:13–14


“Mesmo uma única letra escrita incorretamente — se não for corrigida — invalida todo o Sefer Torá.”

— Shulchan Aruch, Yoreh De'ah 274:1


Portanto, um mem sofit escrito erroneamente no meio de uma palavra não seria aceito — a menos que houvesse uma tradição sagrada específica preservando aquela grafia. E é justamente isso que vemos em Isaías 9:7: um caso único e deliberado de exceção sagrada.


5.2. O Destino de Um Sefer Torá com Erro Grave


A halachá estabelece que, em caso de erro grave e não corrigível, o Sefer Torá deve ser:

Removido do uso público.

Guardado com reverência.

E eventualmente enterrado em um genizá, espaço sagrado reservado para textos invioláveis que não podem mais ser utilizados, mas que contêm o Nome de Deus ou partes da Escritura.

Este protocolo se aplica especialmente a erros de grafia estrutural, como:


Uma letra não reconhecível.

Uma letra escrita com forma indevida (ex.: mem sofit no meio).

Uma letra ausente ou duplicada.

Por isso, se o mem fechado em Isaías 9:7 fosse um erro humano ou acidental, o rolo teria sido descartado segundo a halachá — e jamais perpetuado em todas as tradições manuscritas, desde Qumran até os massoretas.


5.3. O Que Isso Prova Sobre Isaías 9:7?


A permanência da grafia com o mem sofit em todas as tradições manuscritas conhecidas — incluindo os manuscritos do Mar Morto, os textos massoréticos, os rolos sefarditas e asquenazitas — nos leva a uma conclusão inevitável:

O mem sofit não é erro.

É tradição.

É mistério preservado.

Se fosse um erro, então:

Os escribas teriam corrigido ao longo das cópias sucessivas, substituindo pelo mem regular (מ), como manda a halachá.

O texto seria excluído da leitura litúrgica.

Nenhum escriba posterior o teria replicado — especialmente em contextos como o de Qumran, onde havia extremo rigor textual.

O Talmud não o reconheceria como sinal profético deliberado — como faz em Sanhedrin 94a, ao falar do mem fechado como símbolo do nascimento messiânico abortado em Ezequias.

Mas ocorreu justamente o oposto:

O mem sofit permaneceu por séculos.

Foi preservado em tradições distintas, independentes e geograficamente separadas.

Foi honrado como um “remez” (indício sagrado) pelos rabinos e místicos — e não como falha.


5.4. A Tradição Judaica Conservou o Mistério 


Há uma expressão nos escritos dos cabalistas e sofrim (escribas) que define bem esse fenômeno:

"כָּתוּב בְּדֶרֶךְ סוֹד" – Katuv bederech sod – 'Escrito segundo o caminho do mistério'."

Ou seja, há trechos nas Escrituras que seguem a norma gramatical; e há outros que seguem a norma espiritual, segundo a qual Deus escreve verdades invisíveis com letras visíveis.


A massorá oral — a tradição sagrada que guiava a escrita correta — ordenava manter o mem sofit naquele lugar, mesmo sendo gramaticalmente irregular. Nenhum escriba se atreveu a alterar, pois compreendiam que ali havia algo que transcendia a linguagem — um segredo encerrado em uma letra.


Como disse o Rav Samson Raphael Hirsch, expoente do Judaísmo ortodoxo moderno:


“Onde a forma da letra ou sua colocação desafia a lógica gramatical, a Torá está sinalizando que ali repousa um segredo.”


O mem sofit no meio da palavra, portanto, é o eco de um decreto divino, registrado com tinta sagrada, transmitido pelos séculos como um selo profético visível — mas compreendido apenas por quem tem ouvidos para ouvir e olhos para ver.


Conclusão da Seção


O mem fechado em Isaías 9:7 é muito mais do que uma curiosidade textual. É uma prova viva da fidelidade da tradição judaica, que — mesmo sem compreender ainda plenamente seu sentido — preservou com zelo um detalhe gráfico que carrega um dos maiores segredos da redenção.


Se fosse erro, teria sido corrigido.

Se fosse irrelevante, teria sido apagado.

Mas ele permaneceu. Foi copiado. Foi canonizado. Foi guardado.

Porque ele sela um mistério que transcende a gramática — o nascimento miraculoso do Mashiach Yeshua.


“Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho; e o seu nome será Emanuel — Deus conosco.”

— Isaías 7:14


Yeshua nasceu não por decisão de homem, mas por vontade do Altíssimo. O mem fechado no texto é a sombra dessa realidade — um selo textual do útero fechado que se abre sem intervenção humana, conforme a promessa eterna.


6. OS MANUSCRITOS DE ISAÍAS EM QUMRAN CONFIRMAM O “MEM FECHADO”


Em 1947, nas cavernas de Qumran, próximas ao Mar Morto, um dos maiores tesouros da história bíblica foi revelado: centenas de manuscritos antigos, incluindo um rolo completo do livro de Yeshayahu (Isaías), hoje conhecido como 1QIsaᵃ. Diferente de fragmentos ou porções, este manuscrito preserva todo o texto hebraico de Isaías — e data de cerca de 125 a.C., ou seja, mais de 150 anos antes do nascimento de Yeshua.


Entre os detalhes que mais impressionam os estudiosos e que são preciosos aos olhos dos que creem, está a grafia mantida na profecia de Isaías 9:7, onde a palavra לְמַרְבֵּה (lemarbeh) aparece exatamente com um mem sofit (ם) no meio da palavra — tal como aparece nas edições massoréticas posteriores. Isso nos leva a três conclusões fundamentais e irrefutáveis.


6.1. Prova de que Não se Trata de Um Erro Tardio


O manuscrito 1QIsaᵃ é anterior a qualquer cópia medieval do Texto Massorético. Se o mem sofit presente em Isaías 9:7 fosse fruto de algum erro acidental ou interpolação posterior, como alegam os críticos modernos, ele não apareceria nos manuscritos mais antigos disponíveis. O fato de ele estar lá — intocado e visível no texto de Qumran — desmonta por completo a ideia de erro paleográfico recente.


Mais do que isso: Qumran preservou múltiplas cópias do livro de Isaías, e embora o rolo 1QIsaᵃ seja o mais completo, os fragmentos confirmam que havia uma tradição textual anterior ao cristianismo que já preservava esse detalhe anômalo da grafia. Isso mostra que o mem fechado não foi invenção de escribas massoretas — e muito menos manipulação de cristãos medievais.


6.2. Prova de Que Já Existia Antes da Era Messiânica


O rolo de Isaías de Qumran foi escrito em hebraico quadrático, com grafia típica do Segundo Templo, antes da destruição do Beit Hamikdash. Ou seja, o uso do mem fechado já estava normatizado muito antes da era messiânica iniciada com o nascimento de Yeshua. Não há, portanto, qualquer possibilidade cronológica de que o sinal tenha sido introduzido para "forçar" um cumprimento profético cristão.


Pelo contrário: a presença do mem sofit antes da vinda do Messias reforça o caráter premonitório do texto. O fato de ter sido preservado em um contexto não cristão, por judeus essênios que esperavam um Mashiach sobrenatural, fortalece ainda mais a conexão entre o símbolo e a expectativa messiânica.


Além disso, os essênios de Qumran eram altamente zelosos com a exatidão textual. Suas cópias não tinham enfeites, acréscimos litúrgicos ou sistematizações interpretativas — apenas o texto puro da Escritura. Se eles copiaram o mem sofit, é porque ele já fazia parte da tradição textual em sua origem.


6.3. Prova de que Era Considerado Canônico e Intencional


Outro ponto fundamental: o fato de que os copistas não corrigiram o mem fechado (mesmo sendo uma aparente anomalia) prova que eles o viam como parte legítima do texto sagrado. Um erro óbvio de grafia teria sido corrigido — especialmente em um manuscrito tão longo, meticuloso e visualmente padronizado como o de Isaías.

Não só o deixaram como estava, mas o copiaram com precisão reverente, o que demonstra que:


Não era visto como uma falha.

Era aceito como intencional.

E portanto, carregava um sentido sagrado — ainda que oculto.

Na cultura rabínica e mística, qualquer irregularidade gráfica nas Escrituras é vista como um “remez”, uma pista divina. O mem sofit no meio da palavra é, portanto, um “ot” — um sinal — preservado pela tradição, honrado pelos escribas, e compreendido por aqueles que têm olhos para ver.


6.4. A Evidência Arqueológica Sepulta a Teoria do “Erro de Copista”

Em resumo, os manuscritos de Qumran colocam um ponto final na controvérsia. A presença do mem fechado em Isaías 9:7 no rolo de 1QIsaᵃ:


Prova que não foi erro acidental.

Prova que já existia antes de Yeshua.

Prova que foi intencionalmente preservado.

E demonstra que, desde antes do cristianismo, a letra estava ali, como um selo profético.


Aqueles que tentam apagar a evidência, ignorando a arqueologia, a tradição dos escribas e os testemunhos talmúdicos, não estão defendendo a verdade — mas resistindo a ela.


A Palavra de Deus não foi preservada por acaso. Cada traço, cada forma, cada letra tem seu propósito. E o mem sofit em Isaías 9:7 continua ali, silencioso, misterioso, inegável — como o eco eterno de uma promessa:

“O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.”


7. REFLEXÃO ESPIRITUAL: O “MEM FECHADO” COMO SELO DO MISTÉRIO DO MASHIACH 


Há mistérios nas Escrituras que não são revelados à razão natural, nem à leitura superficial, mas que se revelam aos humildes que buscam com temor o conselho do Espírito do Eterno. Um desses mistérios é o “mem fechado” no meio da palavra לְםַרְבֵּה (lemarbeh) em Isaías 9:7 — uma única letra, colocada fora de seu lugar natural, mas cheia de poder profético.


As letras hebraicas são mais do que símbolos fonéticos: elas são recipientes de luz divina, portadoras de significados espirituais profundos. E o mem, que representa a água, o ventre, o mundo oculto e o nascimento, é a letra que, quando aparece em sua forma fechada (ם), remete ao mistério do que está oculto no interior do tempo — algo gestado no silêncio dos decretos eternos, aguardando o momento certo para emergir no mundo visível.


7.1. O Mem Fechado: Um Útero Selado no Texto Sagrado


O mem fechado no meio de uma palavra é um gesto que desafia a lógica, a gramática e a expectativa. Mas também é uma imagem perfeita da forma como o Messias entrou na história. Sua vinda não se deu segundo os moldes comuns da geração humana. Seu nascimento não foi fruto de relação carnal. Ele entrou no mundo como a Palavra Eterna que tomou forma no ventre de uma virgem, sem intervenção de homem algum.


Assim como o mem fechado sela algo precioso no interior de uma palavra, Miriam foi selada para o propósito mais elevado da criação — tornar-se recipiente da Palavra viva, canal da Luz que cria os mundos. O seu ventre, como o mem final, estava fechado para os olhos naturais, mas aberto ao poder do Ruach HaKodesh (Espírito Santo). O que estava oculto em Deus foi implantado nela — e dali nasceu o Salvador.


7.2. O Selo do Tempo: O Mistério Guardado Desde Antes da Fundação do Mundo 


O apóstolo Shaul (Paulo) fala do "mistério que esteve oculto por gerações, mas agora foi revelado aos santos" (Colossenses 1:26). Este mistério é o próprio Mashiach — a revelação do Eterno em forma humana, o reflexo exato de Sua glória, o canal de Sua luz inefável.


Assim como o mem fechado aparece fora do lugar esperado, também o Messias veio de forma inesperada, não como um guerreiro, mas como uma criança. Não nas cortes de reis, mas nas palhas de um estábulo. Não pela força do homem, mas pelo sopro do Espírito. Ele é o "braço do Eterno" revelado, conforme Isaías 53:1 — e esse braço não surgiu por mãos humanas, mas por decreto eterno.


A forma fechada do mem, colocada no meio de uma palavra, aponta para essa intrusão divina no fluxo da história — um nascimento miraculoso inserido no seio do tempo, que rompe com o padrão natural para trazer salvação sobrenatural.


7.3. Revelado Aos Que Têm Olhos Para Ver


A presença do mem sofit em Isaías 9:7 é como uma nota silenciosa no meio de uma sinfonia — despercebida aos ouvidos apressados, mas resplandecente para aqueles que ouvem com atenção. É o selo do Messias colocado por Deus no meio da palavra, assim como o próprio Messias foi colocado no meio da história — entre o Céu e a Terra, entre o tempo e a eternidade.


Não por acaso, Yeshua usava parábolas para revelar verdades escondidas. Como o mem fechado, suas palavras eram simples à superfície, mas continham o sopro do mistério. Aqueles que tinham olhos para ver entendiam — e ainda hoje, os que têm discernimento reconhecem que este único sinal textual aponta para algo infinitamente maior: o nascimento do Redentor.


7.4. O Womb of Redemption – O Ventre da Redenção


Na tradição mística judaica, especialmente na Cabalá, fala-se do "Rechem shel Mashiach" — o ventre messiânico, por meio do qual a luz mais elevada se manifesta em forma terrena. Este ventre não é apenas biológico, mas tipológico e cósmico: é o local onde o Verbo se reveste de carne, o lugar onde a Palavra se faz tangível.

O mem sofit, como útero selado, é o rechem textual. Ele abriga, dentro de si, a profecia do nascimento mais sublime — e aponta, com precisão divina, para o ponto de interseção entre o invisível e o visível.


A letra ם não é apenas uma letra — é um útero sagrado dentro do texto sagrado, assim como Miriam foi um útero sagrado dentro do mundo material. E de ambos emergiu o Messias, o Príncipe da Paz, aquele cujo governo não terá fim.


7.5. Uma Convocação à Fé no Invisível


Assim como o mem fechado selava algo invisível aos olhos humanos, a fé no Mashiach requer olhos espirituais. O que está escondido precisa ser discernido, e o que é misterioso precisa ser crido. O sinal está ali — em pleno texto de Isaías, preservado por escribas, honrado por místicos, protegido por Deus.

A fé genuína é aquela que reconhece que o Eterno deixou sinais no caminho, não apenas para os estudiosos, mas para os humildes. E um desses sinais — talvez o mais pequeno e silencioso de todos — é o mem sofit de Isaías 9:7.


7.6. Finalizando a Reflexão


O mem fechado não apenas representa um útero. Ele é um útero — de letras, de tempo, de eternidade. E dele emergiu, por meio do ventre de Miriam, Aquele que estava no princípio com Deus, e que era Deus — a Palavra viva.


Assim como no Êxodo o Eterno passou por uma porta marcada com sangue, hoje Ele entra pelas portas dos corações que carregam o selo do Mashiach. E esse selo, antes oculto no meio de uma palavra, agora resplandece aos olhos dos que têm fé.

“Bendita és tu, que creste, porque se cumprirá o que te foi dito da parte do Senhor.”

— Lucas 1:45


7.7. Conclusão: O Sinal do Mem Fechado Testemunha o Mashiach 


“O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso.” — Isaías 9:7

O zelo do Eterno colocou ali, no meio de uma palavra, um selo profético eterno: o mem fechado. Nem os escribas se atreveram a alterá-lo. Os rabinos viram nele um sinal messiânico. Os cabalistas viram nele o mistério do nascimento oculto. E os que reconhecem Yeshua, veem nele o cumprimento.


Essa pequena letra, no lugar “errado”, continua anunciando que o Messias viria ao mundo de forma miraculosa, oculta, messiânica — e que Ezequias jamais foi digno de cumpri-la.

Yeshua, sim, nasceu de forma milagrosa, carrega o governo eterno sobre seus ombros, e reina com justiça e paz. Ele é o Menino anunciado, o Príncipe da Paz, e o Pai da Eternidade.


8. CONCLUSÃO: A LETRA QUE SELA O MISTÉRIO DO MASHIACH

Em um mundo onde cada traço da Torá é considerado sagrado, onde cada letra é cercada de temor e reverência, uma única anomalia chama a atenção de todos os séculos: um “mem fechado” onde só deveria haver abertura. Uma letra silenciosa, imutável, preservada por escribas, místicos e estudiosos — não por descuido, mas por zelo.

Essa pequena letra em Isaías 9:7 — um ם onde deveria haver um מ — é o selo profético do céu, uma marca deixada na eternidade que aponta para o nascimento extraordinário, oculto e milagroso do Messias de Israel. A tradição rabínica não o ignora. O Talmud o reconhece. Os manuscritos de Qumran o preservam. A Cabalá o interpreta. E os olhos do entendimento espiritual o contemplam com temor e esperança.

Não é Ezequias o Menino anunciado — pois ele viveu, reinou, morreu, e não cumpriu as promessas eternas ali declaradas. Seu reinado teve fim, sua justiça foi limitada, e sua paz não ultrapassou sua geração. O próprio Talmud admite que ele não foi digno de ser o Messias.

Mas o Menino anunciado em Isaías 9 nasceu, sim — e nasceu de maneira selada, nascido de Miriam, virgem, pelo poder do Espírito do Eterno. Nele se cumpre o sinal do útero fechado que se abre sem a intervenção humana. Nele o governo repousa sobre os ombros. Nele os nomes divinos se cumprem com verdade:

Pele Yoetz – Conselheiro Maravilhoso

El Gibor – Deus Poderoso

Avi Ad – Pai da Eternidade

Sar Shalom – Príncipe da Paz

Ele é o selo do céu e a revelação do Eterno. Ele é a Palavra que se fez carne — o Memra, o Davar, o Sod, o segredo selado em um ventre que nunca fora tocado. Ele é o “Mistério desde os tempos eternos” (cf. Romanos 16:25), manifestado na plenitude dos tempos.

O mem fechado permanece ali, no meio da palavra, como que proclamando a todos os que têm olhos para ver:

“O mistério do Reino estava selado, mas agora foi revelado.”

E diante desse sinal eterno, cada coração sincero é chamado a tomar sua posição: ou fechar os olhos para o que o próprio Eterno deixou registrado com tinta sagrada… ou se curvar diante do Príncipe da Paz, cuja origem é desde os dias da eternidade, e cujo Reino não terá fim.

Yeshua HaMashiach é o cumprimento do mem fechado — Ele é o segredo que agora foi aberto diante dos nossos olhos.


🙌🙏😇📜🎺🎼🎸


Nota:


No hebraico esse texto está em Isaías 9:6.


6 (לםרבה)* לְמַרְבֵּ֨ה* הַמִּשְׂרָ֜ה וּלְשָׁל֣וֹם אֵֽין־קֵ֗ץ עַל־כִּסֵּ֤א דָוִד֙ וְעַל־מַמְלַכְתּ֔וֹ לְהָכִ֤ין אֹתָהּ֙ וּֽלְסַעֲדָ֔הּ בְּמִשְׁפָּ֖ט וּבִצְדָקָ֑ה מֵעַתָּה֙ וְעַד־עוֹלָ֔ם קִנְאַ֛ת יְהוָ֥ה צְבָא֖וֹת תַּעֲשֶׂה־זֹּֽאת׃ ס* 7דָּבָ֛ר שָׁלַ֥ח אֲדֹנָ֖י בְּיַעֲקֹ֑ב וְנָפַ֖ל בְּיִשְׂרָאֵֽל׃


ישעיה 9:6


E em português está em Isaías 9:7.


⁷ "Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto."


(Isaías 9:7)


Um forte abraço e sempre em Yeshua!

Lehitraot!

פולוס וואלי ✡ Polos Valley 

Nota sobre minha assinatura:

"Origem judaica dos sobrenomes Valle, Vale.

פולוס - Polos / Paul / Paulo

וואלי - Valley / Valle / Vale

Porque o meu sobrenome Vale deveria ser com duas letras "L", mas por um erro do Cartório só tem uma.

Portanto, abaixo faço referência a um Rabino de renome com esse sobrenome Valle (וואלי):

sexta-feira, 2 de maio de 2025

O Mistério do Boi, da Água e da Cruz na Palavra Hebraica Emet "אמת" – VERDADE


O termo verdade em hebraico é composto de 3 letras:

אמת – emet

Toda verdade tem PRINCÍPIO, MEIO e FIM. Isso é maravilhoso porque o Mem "מ" é a letra que fica no meio do alfabeto hebraico e também da palavra VERDADE em hebraico (אמת – emet), e ela tem um simbolismo muito profundo, conforme demonstrado abaixo:

Cada uma dessas letras tem um significado.

א – boi

מ – água 

ת – cruz

Yeshua diz no livro do Apocalipse que ele é o Alfa "Α" e o Ômega "Ω", o PRINCÍPIO e o FIM.

"Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim."

(Apocalipse 22:13)


Data e hora local em Israel


O Alfa "Α" é a primeira letra do alfabeto grego e o Ômega "Ω" é a última. Então, em hebraico a primeira e última são o Alef "א" e o Tav "ת", respectivamente.

O que isso simboliza uma vez que cada letra tem seu significado e seu posicionamento ordinário no alfabeto hebraico?

Yeshua veio primeiro como o Alef "א" (boi = Servo Sofredor) e viveu como o Mem "מ" (Água da Vida) para no final morrer no Tav "ת" (na cruz).

Yeshua veio como o Mem "מ" que fica exatamente no MEIO do alfabeto hebraico e da palavra hebraica EMET "אמת", VERDADE, letra essa que significa ÁGUA, porque Yeshua além de ser a VERDADE, ele é também a FONTE da ÁGUA da VIDA, conforme ele mesmo disse:

37 "No último e mais importante dia da festa (Sucot), Yeshua (Jesus) levantou-se e disse em alta voz: "Se alguém tem sede, venha a mim e beba.

38 Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva".

39 Ele estava se referindo ao Espírito, que mais tarde receberiam os que nele cressem. Até então o Espírito ainda não tinha sido dado, pois Yeshua (Jesus) ainda não fora glorificado."

(João 7:37-39)

A pergunta de Pilatos: 

– 'O que é a VERDADE?'

Essa pode ser uma das respostas para Pilatos contida na própria palavra hebraica para VERDADE, אמת (EMET):

א – Elohai (Divino) – אלוהי

מ – Melech (Rei) – מלך

ת – Tikvah (Esperança) – תקווה

התקווה היא המלך האלוהי!

Hatikvah hi' haMelech haElohai!

A esperança é o Rei Divino!

Hope is the Divine King!

Interessante que lendo a frase da direita para a esquerda, ou da esquerda para a direita, ela tem o mesmo sentido:

O Divino Rei é a Esperança!

Mas a boa e maravilhosa notícia é que Yeshua não está mais na cruz e nem no túmulo, porque ELE RESSUSCITOU!

!ב"ה

 !הללויה

Bendito é o Nome (יהוה) do nosso Pai celestial! Halelu-Yah!

🙌🙏😇📜🎺🎼🎸

Um forte abraço e sempre em Yeshua!

Lehitraot!

פולוס וואלי ✡ Polos Valley 

Nota sobre minha assinatura:

"Origem judaica dos sobrenomes Valle, Vale.

פולוס - Polos / Paul / Paulo

וואלי - Valley / Valle / Vale

Porque o meu sobrenome Vale deveria ser com duas letras "L", mas por um erro do Cartório só tem uma.

Portanto, abaixo faço referência a um Rabino de renome com esse sobrenome Valle (וואלי):

domingo, 27 de abril de 2025

O Verbo Que Estava Com o Eterno (יהוה) no Princípio


 Quem é o Verbo Que Estava Com o Nosso Pai Celestial no Princípio?

1 "No princípio era o Verbo (Mashiach), e o Verbo (Mashiach) estava com Elohim (יהוה / nosso Pai celestial), e o Verbo (Mashiach) era Elohim (DIVINO).

2 Ele (Mashiach) estava no princípio com Elohim (יהוה).

3 Todas as coisas foram feitas por ele (Mashiach), e sem ele (Mashiach) nada do que foi feito se fez.

4 Nele (Mashiach) estava a vida, e a vida era a luz dos homens.

5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam."

(Yochanan, João 1:1-5)

 "E o Verbo (Mashiach) se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade."

(Yochanan, João 1:14)


Data e hora local em Israel


Nota:

(Verbo é a classe gramatical de palavras que normalmente têm significado de ação, estado, mudança de estado ou fenômeno da natureza, e que variam em relação ao tempo. Exemplos: Ele plantou milho em sua fazenda. A professora está satisfeita. A aluna virou professora. Amanhã choverá em minha cidade.)

Sendo assim, nenhuma frase pode ser entendida se não houver VERBO. E sem VERBO as Escrituras não poderiam ser entendidas, ou mesmo cumpridas, ainda mais sem YESHUA, que é aquele que haveria de vir para SALVAR a humanidade.

Assim sendo, sem Yeshua, o VERBO ninguém pode ser SALVO, porque o nome Yeshua é derivado do VERBO SALVAR, em hebraico. Por isso, o anjo disse para יוֹסֵף, Yoseph / José, aquele que veio ser marido de מִרְיָם, Miryam / Maria, a mãe de Yeshua:

וְהִיא יֹלֶדֶת בֵּן וְקָרָאתָ אֶת־שְׁמוֹ יֵשׁוּעַ כִּי הוּא יוֹשִׁיעַ אֶת־עַמּוֹ מֵחַטֹּאתֵיהֶם׃

“E ela dará à luz um filho, e você lhe dará o nome de יֵשׁוּעַ, Yeshu'a, porque ele (יוֹשִׁיעַ, yoshiy'a) SALVARÁ o seu povo dos seus pecados”. 

(Matityahu, Mateus 1:21).

בְּרֵאשִׁית הָיָה הַדָּבָר, וְהַדָּבָר הָיָה עִם הָאֱלֹהִים, וֵאלֹהִים הָיָה הַדָּבָר.

יוחנן 1:1

הַדָּבָר – Hadavar

A PALAVRA, ou o VERBO

1 Ἐν ἀρχῇ ἦν ὁ λόγος, καὶ ὁ λόγος ἦν πρὸς τὸν θεόν, καὶ θεὸς ἦν ὁ λόγος.

ΚΑΤΑ ΙΩΑΝΝΗΝ 1:1 Grego NT: Westcott e Hort / [variantes NA27 e UBS4] ΕΝ ΑΡΧΗ ἦν ὁ λόγος

Lόγος, (λόγος – lógos) – PALAVRA

Todas as vezes que o Criador criava uma determinada coisa, Ele pronunciava um VERBO, exemplo:

"No princípio CRIOU Elohim os céus e a terra."

"HAJA luz";

E assim por diante Ele usou verbos.

Alguns verbos usados na criação:

– criar,

– haver,

– fazer,

– separar,

– produzir, etc...

E a conclusão que chegamos é que sem VERBOS nada do que se fez existiria. Então, o VERBO, ou a PALAVRA é o PRINCÍPIO ATIVO da criação. E se Yeshua é chamado de o VERBO, ou a PALAVRA ENCARNADA, então Ele é o instrumento, ou o PRINCÍPIO ATIVO de toda criação.

ב"ה! הללויה!

O Significado do Nome Yeshua 


🙌🙏😇📜🎺🎼🎸


Um forte abraço e sempre em Yeshua!

Lehitraot!

פולוס וואלי ✡ Polos Valley 

Nota sobre minha assinatura:

"Origem judaica dos sobrenomes Valle, Vale.

פולוס - Polos / Paul / Paulo

וואלי - Valley / Valle / Vale

Porque o meu sobrenome Vale deveria ser com duas letras "L", mas por um erro do Cartório só tem uma.

Portanto, abaixo faço referência a um Rabino de renome com esse sobrenome Valle (וואלי):