sexta-feira, 27 de março de 2009

A Kabalah na Brit ha Chadashah (Nova Aliança)



Shalom chaverim (amigos)!

Nesse sucinto estudo apresento duas קבלות, Kabalot:

1) A Kabalah Santa, לקבל הקודש, lekabel hakodesh, aceitação ou recebimento santo, sagrado, puro, não misturado.

2) E a Kabalah não Pura, קבלה לא טהורה, kabalah lo' tehorah, aceitação ou recebimento não puro, misturado.

Data e hora local em Israel


I - A Kabalah Santa, לקבל הקודש, lekabel hakodesh, aceitação ou recebimento santo, sagrado ou puro, não misturado:

Vejam esse interessante estudo feito por um rabino judaico messiânico, onde ele faz uma comparação das sefirot com os ensinamentos do judeu Shaul, Paulo, o enviado para anunciar a salvação em Yeshua aos goym, gentios:

"Sefirot da קבלה, Kabalah para o Novo Testamento:

As Sefirot são os atributos de D'us. Assim como a luz branca é decomposta no prisma, e se divide em varias cores, como se fosse um Arco Celeste, a presença de D'us em nossas vidas se apresenta decomposta também. Esses ensinamentos de origem judaica, eram muito bem conhecidos pelo Rabino Shaul (Paulo), um Prush, erudito no Talmud, na tradição e no segredo da Torá. No cortejo da Torá, a tradicional canção Lechá Adonai Haguedulá, baseada em 1 Cr 29:11 (Divrei Haiamin Alef), essas sefirot aparecem. Mas o curioso é que a expressão dos atributos de D'us, aparece claramente também no primeiro capitulo de Colossenses. Vejamos:

Keter - Coroa, o conhecimento da vontade de D'us, Cl 1:9
Chochmah - A sabedoria - vs 9
Binah – O entendimento - vs 9
Gevurah – A força, poder - vs 11
Netzach – A vitória (eternidade) - vs 11
Hod – A glória, esplendor - Vs 11
Malchut – O reino - vs 13
Yesod – fundamento, dar frutos, a força vital que produz e reproduz - vs 14, [16] - (grifado por mim)
Chesed – A misericórdia, perdoar, redenção através do perdão dos pecados - vs 15, 14
Tiferet – A beleza – a graça sobre nós - a imagem do Elohim invisível, o primogênito da criação - vs 2 e 15

Agora vejamos quem é a coroa, o Keter – Cl 1:17-18 – Ele é o cabeça Cl 2:9 

O fascinante universo de Yeshua era judaico. A fascinante narrativa de sua passagem na terra só pode ser compreendida na totalidade à luz da Torah e do Tanakh. As expressões idiomáticas que ele usava eram hebraicas (e não latinas), a indumentária e costumes eram judaicos (a orla de sua roupa tocada pela mulher com hemorragia era o seu tsitsit), as festas que ele comemorava eram judaicas e nunca festas pagãs, a última ceia era nada mais nada menos do que um Sêder de Pêssach (páscoa judaica). Suas constantes idas às sinagogas incluíam inclusive a leitura da haftarah (como aparece claramente em Lucas 4:15-21 transcrita abaixo)

"Ensinava nas sinagogas e era glorificado por todos. Ele foi a Nazaré, onde fora criado e segundo o costume, num shabat entrou na sinagoga e levantou-se para ler. Foi-lhe entregue o livro do profeta Isaías (Yeshaiau Ha Navi), e quando abriu o livro, encontrou o lugar onde está escrito – O Espírito do Senhor está sobre mim, pois me ungiu para levar as boas novas aos pobres, enviou-me para proclamar liberdade aos presos e a restauração da vista aos cegos, para libertar os oprimidos, e proclamar o ano aceitável do Senhor.

Ele fechou o rolo, e o devolveu ao assistente e sentou-se. E todos na sinagoga tinham os olhos fitos nele. E Yeshua passou a lhes dizer: Hoje se cumpriu a escritura que acabeis de ouvir."

Mas o que é Kabalah?

Nesse artigo do site Chabad, o autor diz o que é a Kabalah e o que ela não é.

Definição da Kabalah:

E nesse outro artigo do mesmo site Chabad, o autor defini o que é e para que serve a Kabalah.

Acessem mais esse outro link referente a um outro artigo sobre a קבלה, Kabalah na Brit ha Chadashah.

Conheçam mais sobre as Sefirot, As Dez Emanações Divinas nesse estudo da Revista Morashá.

Click aqui para ver a figura abaixo com os nomes das Sefirot em hebraico e inglês.

E eis aqui um outro artigo que foi elaborado dentro dos princípios da קבלה, Kabalah:

O juízo de D’us sobre um grande império ateísta.

O lado fascinante da Kabalah:

Já se tornou notório em nossos dias que inúmeras pessoas estão fascinadas pela Kabalah, contudo a maioria delas ignoram o verdadeiro fim da mesma, o qual não é outro senão o de revelar D'us, seus atributos e dons, e o seu grandioso plano de redenção da raça humana, através do sacrifício maior, o do seu filho Yeshua.

Com certeza, através da numerologia bíblica e do significado de palavras e letras hebraicas, muitos mistérios do Eterno nas Escrituras podem ser finalmente entendidos, com a ajuda indispensável do Ruach HaShem, Espírito de D'us, é claro.

E um exemplo de que a Kabalah está inserida na Brit ha Chadashah é o número enigmático da besta, do antimashiach mencionado no Apocalipse:

"Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis."
(Apocalipse 13:18).

II - A Kabalah não Pura, קבלה לא טהורה, kabalah lo' tehorah, aceitação ou recebimento não puro, misturado:

Mas infelizmente há também aquelas pessoas que misturam tudo, achando que a Kabalah está ligada de algum modo a astrologia, a reencarnação, ao jogo de tarô, ao fator sorte e outras coisas semelhantes, a respeito das quais a Torah e o Tanakh condenam (Devarim, Deuteronômio 18:9,10; Yeshaiahu, Isaías 47:12,13). O que faz com que essas pessoas pensem que a Kabalah tem algum poder mágico. Tais pessoas são normalmente muito supersticiosas e tentam usar a Kabalah com várias finalidades, inclusive para saber sobre o seu próprio futuro e o de outras pessoas também, etc...

Conclusão:

Portanto, nesse sintetizado estudo estou apresentando 02 (duas) קבלות, kabalot:

1) A Kabalah Santa, לקבל הקודש, lekabel hakodesh, a aceitação ou o recebimento, santo, sagrado, puro, não misturado desse conhecimento a nível metafísico e bíblico, ou seja, a kabalah que vem do alto, de D'us, através do Seu Ruach, Espírito (1 Corintios 12:8; Hebreus 2:4). E além disso, D'us distribui também para alguns de seus servos o dom da unção de liderança, para exercerem determinadas funções específicas na kehilá de Yeshua (Efesios 4:11).

D'us usa duas maneiras distintas de nos transmitir porções de seus atributos e dons:

a) Através do recebimento direto, isto é, sem intermediários. Um exemplo disso foi o recebimento da Torah por Moshe, Moisés diretamente de HaShem.

b) E através do recebimento indireto, ou seja, através de pessoas sábias, de mestres (rabinos) dotados de dons espirituais e da unção de liderança.

2) E a Kabalah não Pura קבלה לא טהורה, kabalah lo' tehorah, a aceitação ou o recebimento não puro, misturado, já mencionado nesse estudo.

Por isso é necessário que tenhamos o dom espiritual de discernir os espíritos (1 Corintios 12:10) para que possamos separar uma Kabalah da outra, pelo crivo da Torah, afim de que não venhamos a ser confundidos por essas inúmeras informações sobre esse tema que estão espalhadas por toda parte, principalmente na internet.

Sinceramente diante de tudo isso exposto espero ter ajudado alguém a entender um pouco mais sobre esse tema que hoje está em moda, mas que lamentavelmente é também mal compreendido pela maioria das pessoas.

Lehitraot, até a vista.

פולוס וואלי ✡

Nota sobre minha assinatura:

"Origem judaica dos sobrenomes Valle, Vale.

פולוס - Polos / Paul / Paulo

וואלי - Valley / Valle / Vale

Porque o meu sobrenome Vale deveria ser com duas letras "L", mas por um erro do Cartório só tem uma.

Portanto, abaixo faço referência a um Rabino de renome com esse sobrenome Valle (וואלי):


Rabbi Moshe David Valle - רבי משה דוד וואלי

22 comentários:

פולוס וואלי disse...

O nome de Yeshua escrito em mosaicos de uma sinagoga da cidade de Susya, próximo de Hebrom, onde viveu uma comunidade judaica que acreditava ser Yeshua o verdadeiro Messias de Israel.

🤔🙄😳🤫🙌🙏😇

https://youtu.be/X5JQ0O5ufPA

פולוס וואלי disse...

Rabino Tem Visões do Mashiach (Messias) e Revela Mistérios

🙌🙏😇📜🎺🎼🎻

https://www.youtube.com/live/vNxZgolWbdI?si=2B427XxYhJ18Q-Lw

פולוס וואלי disse...

Menino Judeu Tem Uma Visão em Israel!

- "O Senhor mandou arrepender-nos (teshuva)"

- "Para manter a calma"

- "O Senhor (Elohim) me falou"

- "Ele apareceu bem ali"

É tempo de voltar para Ele, porque Ele está muito próximo!

"Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto." (Isaías 55:6)

🙌🙏😇🇮🇱🎺🎼🎻

https://youtu.be/mpBVHGbFwR4?si=xNPLyDlhQ5xpFUAi

²⁷ "E vós sabereis que eu estou no meio de Israel, e que eu sou o Senhor vosso D'us, e que não há outro; e o meu povo nunca mais será envergonhado.

²⁸ E há de ser que, depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.

²⁹ E também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito.

³⁰ E mostrarei prodígios no céu, e na terra, sangue e fogo, e colunas de fumaça.

³¹ O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.

³² E há de ser que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo; porque no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento, assim como disse o Senhor, e entre os sobreviventes, aqueles que o Senhor chamar."

(Joel 2:27-32)

פולוס וואלי disse...

Messianic Rabbi Zev Porat Testimony!
What is truth?

Testemunho do Rabino Messiânico Zev Porat!
O que é verdade?

🙌🙏😇📜🎺🎼🎻

https://www.messiahofisraelministries.org/zev-porat-testimony/

פולוס וואלי disse...

Shalom chaverim, amigos!

Consegui provar minha tese de que Yeshua não morreu numa sexta e sim numa quarta-feira, pois o calendário judaico permanente Kaluach tem a propriedade de retroceder no tempo. E foi exatamente isso que fiz, isto é, voltei no tempo até o ano 30 (d.e.c.) e fiquei maravilhado com o que vi, pois o dia 14 de Nissan ou dia 05 de abril desse ano 30 foi exatamente numa quarta-feira. HALELU-YAH!!!!!!!

O Dia Que Jesus Morreu

🤔🙄🥺📜🙌🙏😇

https://www.facebook.com/share/p/5Q9VNktpk92AuVvZ/?mibextid=oFDknk

Vejam mais sobre isso nos comentários desse artigo do link abaixo:

https://yerushalaim1967.blogspot.com/2009/09/noticias-mundo-mundo-judeus-usam.html

Confiram o dia em que Yeshua morreu acessando o link abaixo:

https://torahweb.forumbrasil.net/Morte-de-Jesus-h13.htm

ואנחנו קוינו כי הוא זה אשר עתיד לגאל את ישראל. אבל נוסף על כל זאת, כעת היום השלישי מאז קרו הדברים האלה.

לוקס פרק כד: כא

http://www.kirjasilta.net/hadash/Luq_ln.24.html

"Nós tínhamos esperança de que ele iria ser o libertador de Israel! Além de tudo isso, já faz três dias que essas coisas aconteceram."
(Lucas 24:21)

https://www.biblegateway.com/passage/?search=Lucas%2024&version=VFL

Essa é a confirmação de que Yeshua foi morto e sepultado numa quarta-feira, dia 14/Nissan/3790, ou dia 05/abril do ano 30 d.e.c. no Calendário Juliano. Pois esse diálogo dos discípulos ocorreu no dia de domingo, isto é, depois de passados 3 dias e 3 noites com o corpo de Yeshua sepultado. Tudo isso, para se cumprir o que Yeshua disse sobre o sinal do profeta Jonas, em Mateus 12:40.

Lehitraot.

Polos Valley ✡ פולוס וואלי

פולוס וואלי disse...

O sétimo dia da semana é o Shabat, mas os feriados de algumas festas bíblicas também são chamados de Shabat, dentre elas a Páscoa. Por isso há muita confusão para quem não tem conhecimento de cultura judaica.

https://torahweb.forumbrasil.net/Morte-de-Jesus-h13.htm

Leia com muita atenção este estudo do link acima, o qual prova com muita evidência e detalhes que Jesus morreu às 15h (hora nona) do dia 14/Nissan/3790, ou dia 05/04/30, véspera da Páscoa.

E ele foi enterrado neste mesmo dia antes das 18h, quando se iniciaria a noite de quinta feira, dia 15/Nissan, ou dia 06/abril/30, dia da festa da Páscoa, também chamado de Shabat.

Porque a morte de Jesus se deu na véspera da Páscoa, o Shabat, ou feriado judaico.

Outra coisa a lembrar é que a data de um dia se inicia às 18h (ao pôr do sol) e não meia noite, pois em hebraico não se conta direto 24h e sim de 12 em 12h, ou seja, primeiro a noite e depois o dia de uma determinada data.

Então, na noite de quarta-feira Jesus ainda estava sendo julgado.

E ele só foi crucificado durante o dia de quarta-feira.

Desse modo, então, se conta assim:

Noite de quinta-feira
Noite de sexta-feira
Noite de sábado (Shabat)

Dia de quinta-feira
Dia de sexta-feira
Dia de sábado (Shabat)

Ele ressuscitou nas últimas horas do dia de sábado (Shabat), por volta de + ou - 17h

Porque as mulheres foram ao sepulcro ainda na madrugada de domingo, pois ainda estava escuro. E Jesus já tinha ressuscitado.

Foram 3 dias e 3 noites completas que Jesus permaneceu sob a terra, conforme o próprio Jesus disse sobre o sinal de Jonas.

O Sinal de Jonas

38 "Então alguns dos fariseus e mestres da lei lhe disseram: “Mestre, queremos ver um sinal miraculoso feito por ti”.

39 Ele respondeu: “Uma geração perversa e adúltera pede um sinal miraculoso! Mas nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal do profeta Jonas.

40 Pois assim como Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra."

(Mateus 12:38-42)

פולוס וואלי disse...

Ninguém Poderá Dizer Que Não Foi Avisado!!

🤔😳🥺📜🙌🙏😇

https://www.facebook.com/share/r/wD5iMDxrmJk18HV8/?mibextid=D5vuiz

פולוס וואלי disse...

Yeshua é o Messias, ele nasceu judeu, viveu judeu e morreu judeu, e é interessante que... tiraram o "ע" do nome de Yeshua, chamam-no de Yeshu, que seu nome seja esquecido e sua memória, mas eu digo abençoe seu nome e lembre-se dele porque ele é a nossa salvação, Deus prometeu a ele salvar o povo de Israel e o mundo inteiro.

Yeshua is the Messiah, he was born a Jew, lived a Jew and died a Jew, and it is interesting that... they removed the "ע" from him in the name of Yeshua, they call him Yeshu, may his name be forgotten and his memory, but I say bless his name and remember him because he is our salvation, God promised him to save the people of Israel and the whole world.

🙌🙏😇📜🎺🎼🎻

https://youtu.be/C7LYGYEJHUI?si=AlxBPSGU_sGWuac7

פולוס וואלי disse...

AS NOVE BEM-AVENTURANÇAS E AS DEZ SEFIROT
O Caminho da Árvore da Vida revelado no Sermão do Monte
Por Luiz Felippe Santos Cavalcanti
✦ Introdução Geral
Desde os tempos antigos, os mestres da sabedoria israelita transmitiram que o mundo foi criado com dez emanações sagradas — as sefirot — por meio das quais a luz do Infinito (Ohr Ein Sof) se manifesta e se veste no mundo finito. A Árvore da Vida (Etz Chaim), como chamada no Zohar e no Sefer Yetzirah, não é apenas um mapa cósmico ou místico, mas um modelo vivo da estrutura da alma, do universo, e do caminho de ascensão espiritual do homem.
Cada sefirá representa uma qualidade divina, uma força dinâmica que revela um aspecto do caráter do Eterno — e que o ser humano, feito à imagem de Deus, é chamado a internalizar. As três sefirot superiores (Keter, Chochmah, Binah) pertencem ao mundo do intelecto sutil e da emanação primordial. As sete sefirot inferiores (Chesed até Malkhut) formam o domínio da emoção, da ação, e do engajamento com o mundo.
Quando Yeshua, o Mestre dos mestres, sobe ao monte e proclama as bem-aventuranças (Mateus 5), Ele não está apenas ensinando ética. Está revelando o caminho de elevação da alma — degrau por degrau — de Malkhut (o Reino) até Chochmah (a Sabedoria), culminando na união com a Vontade Suprema em Keter, pela sua própria luz messiânica.
As bem-aventuranças são, portanto, os passos da alma que deseja subir pela Árvore da Vida — não por mérito próprio, mas conduzida pela luz do Mashiach, o Justo, o Caminho, a Verdade e a Vida. Cada bem-aventurança se alinha a uma sefirá inferior, manifestando um atributo essencial que reconecta o ser humano com sua fonte divina.


פולוס וואלי disse...

✦ Seção 1
"Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos céus."
(Mateus 5:3)
Sefirá correspondente: מַלְכוּת (Malkhut — Reino)
Malkhut, a décima e mais baixa sefirá, representa a receptividade absoluta. Diferente das outras sefirot, que possuem alguma forma de "emanação ativa", Malkhut nada tem de si mesma — ela apenas recebe e reflete a luz das anteriores. Por isso é associada tanto à Shechiná quanto à Lua, que não brilha por luz própria, mas resplandece a luz do sol. Malkhut é a presença divina no mundo físico, é a dimensão da manifestação, da ação e da humildade extrema.
Em textos cabalísticos, como no Zohar e em Etz Chaim de R. Chaim Vital, Malkhut é vista como “a boca que fala”, pois é por ela que a luz é expressa no mundo. É também chamada “a filha do Rei”, ou “a noiva do Ze’er Anpin”, simbolizando a alma de Israel que anseia pela união com o Sagrado.
Yeshua começa as bem-aventuranças precisamente por esse nível — os pobres em espírito — aqueles que, como Malkhut, reconhecem que nada têm de si mesmos. A “pobreza em espírito” não é depressão ou autocomiseração, mas o esvaziamento do ego. É o aniquilamento do “eu” para receber a totalidade da Luz. Estes são os verdadeiros recipientes do Reino dos céus, pois o Reino não pertence aos que acumulam, mas aos que se esvaziam.
Assim como Malkhut é o canal final por onde toda a luz do Ein Sof desce ao mundo, o “pobre em espírito” é o canal por onde a Luz do Reino penetra na realidade. Eles são o solo fértil, o campo arado da alma, pronto para receber a semente do Céu.
No Zohar (vol. I, 115a), está escrito:
"Não há vaso que contenha bênção senão a humildade."
Yeshua, que é o Rei ungido, o Mashiach ben David, é também o mais humilde dentre os homens. Ele mesmo declarou: “Aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração” (Mateus 11:29). E é nesse sentido que Ele inaugura seu ensino: para receber o Reino — e ser parte do Reino — é preciso tornar-se como Malkhut. O mais baixo. O mais receptivo. O mais vazio de si, e portanto o mais cheio de Deus.
Em linguagem messiânica, isso significa: só aqueles que reconhecem sua total dependência da misericórdia divina, e sua miséria espiritual sem o Mashiach, são aqueles a quem é dado o Reino dos Céus. Eles não são poderosos aos olhos do mundo, mas são os recipientes perfeitos para a realeza de Yeshua.
Malkhut também é a sefirá que “herda” todas as outras. Por isso, os pobres em espírito herdarão o Reino — pois como Malkhut, tudo lhes será dado.

פולוס וואלי disse...


✦ Seção 2
"Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados."
(Mateus 5:4)
Sefirá correspondente: יְסוֹד (Yesod — Fundamento)
Yesod é a penúltima das sefirot na descida da Luz até o mundo, situada acima de Malkhut. Ela age como um canal unificador, reunindo todas as forças das sefirot anteriores (Chesed, Gevurah, Tiferet, Netzach e Hod) e canalizando-as para Malkhut, o Reino. É chamada “Fundamento” porque sem ela, nada pode ser transmitido. Ela é a ponte espiritual entre os mundos superiores e o mundo inferior — um conduto da graça, da bênção e da vida.
Na linguagem do Zohar e da Kabbalah luriânica, Yesod é associada à imagem do tzadik, o Justo — aquele que se mantém puro, fiel, e totalmente ligado ao Alto, mesmo em meio à escuridão do mundo material. Por isso, Yesod é comparada ao atributo de Yosef haTzadik, que permaneceu íntegro no Egito, canalizando a bênção para todo o mundo.
Mas Yesod não é apenas transmissão. Ela também representa o sofrimento redentor. A dor que prepara o vaso. A angústia espiritual que precede a plenitude. Os que choram são, espiritualmente, os que estão em travessia pela ponte de Yesod — entre a escuridão de Malkhut e a consolação que vem das alturas.
Quando Yeshua proclama: “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”, Ele está revelando que há um tipo de lágrima que é santa — uma dor que não é desespero, mas gemido espiritual. No mundo natural, o choro é sinal de fragilidade. Na linguagem da alma, o choro é o sinal de que o coração se abriu. E é esse choro que Yesod recolhe.
Yesod também está ligado, no corpo humano segundo a Kabbalah, aos órgãos reprodutivos — o ponto por onde a vida é transmitida. Assim, o choro não é estéril, mas fecundo. Ele gera algo. Ele prepara o nascimento de um novo estado de consciência, uma nova ligação com Deus. O Sefer HaBahir diz:
“O choro quebra as barreiras entre os mundos e faz descer a misericórdia.”
Aqueles que choram, segundo o coração de Deus, estão tocando o próprio Mashiach, que é o Yesod por excelência — aquele por quem todas as bênçãos espirituais são canalizadas ao mundo. Ele é o Tzadik oculto, o Servo Sofredor que, como está escrito em Isaías 53:3, “homem de dores, experimentado nos sofrimentos”. O choro dos que sofrem se une ao choro de Yeshua, que chorou diante da dor de Lázaro, diante de Jerusalém, e diante do cálice que deveria beber.
Yeshua, como manifestação da sefirá Yesod, é o canal por onde a dor é transformada em consolo. Aquele que chorou por nós, consola agora os que choram. Como diz o salmista:
“Os que com lágrimas semeiam, com júbilo colherão.”
(Salmo 126:5)
Yesod ensina que o consolo não é ausência de sofrimento, mas transformação do sofrimento. Aquele que passa por essa ponte, chorando, não está perdido — está sendo preparado para receber a luz da consolação divina. Yeshua não diz “não chorem”, mas “bem-aventurados os que choram” — pois a lágrima, quando ofertada no altar da humildade, torna-se a semente da alegria futura.
Em termos messiânicos, é por meio de Yeshua — o canal do consolo eterno — que nossas dores encontram sentido. Ele não remove o vale da sombra da morte, mas caminha conosco nele, enxugando nossas lágrimas com o próprio manto de misericórdia.
Por isso, os que choram por justiça, os que choram pela ausência de Deus, os que choram pelo arrependimento, os que choram pela dor do mundo, todos estes estão sendo formados no ventre espiritual de Yesod. E por meio do Mashiach, serão consolados.

פולוס וואלי disse...

✦ Seção 3
"Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra."
(Mateus 5:5)
Sefirá correspondente: הוֹד (Hod — Glória / Humildade)
Hod é uma das duas sefirot que compõem a “base das pernas” da Árvore da Vida, situada à esquerda, em paralelo com Netzach (Vitória). Seu nome significa literalmente “esplendor”, “glória” — mas paradoxalmente, é a glória que nasce da entrega, da submissão espiritual, da rendição do ego diante do Infinito.
No Zohar, Hod é descrita como o lugar da reverência, da aceitação e da sinceridade interior. É o brilho silencioso da alma que reconhece sua posição diante do Eterno e que prefere servir a brilhar. É o eco da glória divina que se reflete nas atitudes dos humildes, na beleza dos que não disputam.
Se Netzach representa a conquista ativa, Hod é a vitória passiva — a glória do que se curva e deixa Deus agir. Por isso, Hod é a sefirá do reconhecimento, do agradecimento (daí o termo hebraico hodayáh, agradecimento), e da rendição. A verdadeira glória de Hod não vem de grandes feitos, mas de um coração que sabe seu lugar.
Quando Yeshua diz: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”, Ele está tocando o centro espiritual de Hod. A mansidão aqui não é fraqueza, mas força disciplinada. É o poder que se recusa a dominar. É a grandeza que se oculta. É a alma que prefere perder, se for para que Deus vença. É o eco da vida de Moisés, que é chamado “o homem mais manso da terra” (Números 12:3), e é também o instrumento escolhido para herdar — e guiar — a terra prometida.
Hod está ligada no corpo humano aos pés — que tocam a terra. É simbólico que a mansidão esteja conectada ao ato de caminhar com humildade. O profeta Miqueias nos exorta: “...andar humildemente com teu Deus” (Mq 6:8). É nos passos simples que se revela a verdadeira grandeza. Yeshua, que se humilhou e lavou os pés de seus discípulos, é o modelo perfeito de Hod: Glória oculta na humildade.

פולוס וואלי disse...

No contexto cabalístico, os mansos herdam a terra porque são os únicos capazes de receber. A terra, como a Malkhut, é receptáculo. E somente os que têm o espírito de Hod — humilde, grato, rendido — são vasos aptos para herdar o que é eterno. A herança não é dada aos arrogantes, pois eles a desperdiçariam. Ela é dada aos mansos, pois eles sabem esperar e cuidar.
Mais ainda, essa herança está ligada à promessa escatológica do Reino: os mansos herdarão não apenas a terra física, mas a nova terra prometida, redimida, transformada pela presença do Mashiach. Como diz o Salmo 37:11 (que Yeshua ecoa):
“Os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz.”
A palavra hebraica para mansidão (anavah) é da mesma raiz de ani (pobre) — remetendo à pobreza de espírito do primeiro degrau, mas aqui elevada a um nível de maturidade. O manso não apenas reconhece sua dependência, mas vive em entrega total, moldando seu caráter à vontade divina.
Yeshua, como manifestação plena de Hod, foi manso diante de seus acusadores, não abriu a boca como cordeiro levado ao matadouro (Isaías 53:7). Nele não havia vanglória, mas esplendor silencioso. E por essa humildade, foi exaltado acima de todo nome (Filipenses 2:9).
A glória da nova criação será dada àqueles que seguem esse caminho: mansidão não como passividade, mas como domínio próprio. Não como fraqueza, mas como a mais refinada forma de força — aquela que escolhe não se exaltar, para que Deus seja tudo em todos.
A herança dos mansos é a terra, porque sua alma já está ancorada no Céu.
Como diz o Salmo 24:3-4:
“Quem subirá ao monte do Senhor? Quem estará no seu santo lugar? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração...”
Gevurah nos lembra que a santidade não é dada — é buscada. Não é facilidade — é conquista. A pureza não é ausência de pecado, mas a presença do desejo ardente de não pecar. E essa chama é acesa no altar de Gevurah, onde o fogo da disciplina consome a impureza e purifica o ouro interior.
Assim, os puros de coração são bem-aventurados porque foram refinados. E por essa razão, têm olhos para ver o invisível. Eles verão a Deus — tanto agora em vislumbres na alma, quanto plenamente no Reino, quando o véu cair e a Luz brilhar sem medida.

פולוס וואלי disse...


✦ Seção 4
"Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos."
(Mateus 5:6)
Sefirá correspondente: נֵצַח (Netzach — Vitória / Perseverança)
Netzach é a energia do eterno impulso para avançar. Representa a persistência, a constância, a superação de obstáculos e a vitória final. No par dinâmico da Árvore da Vida, Netzach forma, com Hod, a base emocional da ação no mundo. Enquanto Hod expressa a rendição humilde, Netzach é a alma guerreira — não a que vence por força, mas por fé inquebrantável.
A raiz da palavra “Netzach” significa eternidade. É a chama que não se apaga, a convicção que atravessa gerações, o anseio que se mantém vivo mesmo diante do silêncio dos céus. Netzach é o grito da alma que busca o cumprimento da justiça divina, mesmo quando tudo ao redor parece injusto.
Yeshua, ao dizer “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça”, está evocando essa força: o anseio espiritual que não se satisfaz com este mundo caído, mas deseja ardentemente o estabelecimento da ordem divina. Fome e sede não são estados teóricos — são pulsões vitais. Representam urgência, carência, desespero sagrado por justiça. Não é uma busca superficial pela moral, mas uma ânsia messiânica: que venha o Teu Reino, que se faça Tua vontade na Terra como no Céu.
Essa fome de justiça é expressão viva de Netzach, pois ela persiste mesmo quando nada parece mudar. O justo, o tzadik, mesmo cercado pela iniquidade, permanece buscando, clamando, jejuando, esperando. Como os profetas que falaram “ai dos que chamam ao mal bem e ao bem mal” (Isaías 5:20), como os salmistas que gemem dizendo “até quando, Senhor?”, assim também o discípulo de Yeshua clama com perseverança — pois sabe que sua fome não será esquecida.
Netzach está associada no corpo aos quadris, à força que sustenta a marcha — a capacidade de continuar caminhando. No Sefer Yetzirah, Netzach é ligada à eternidade ativa: o tempo como persistência. É o motor espiritual dos guerreiros de Deus, dos profetas, dos que intercedem, dos que choram por justiça.
Yeshua, como encarnação plena da Justiça e da Vitória divina, é também a expressão máxima de Netzach. Ele mesmo é a Justiça de Deus revelada ao mundo (Jeremias 23:6), e foi perseguido e rejeitado, mas jamais recuou. Sua fome de justiça o levou até a cruz, onde satisfez plenamente a justiça do Céu e da Terra, sendo Ele mesmo o pão e a água da vida. Ele diz:
“A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e completar a sua obra.”
(João 4:34)
Aqueles que possuem essa fome serão fartos — não necessariamente pelas estruturas deste mundo, mas pela justiça que procede do Trono de Deus. A farta recompensa que não é passageira, mas eterna.
No Salmo 107:9, lemos:
“Pois Ele satisfaz a alma sedenta e enche de bens a alma faminta.”
É Netzach que mantém o faminto de justiça em pé, em jejum, em oração, em militância espiritual. E é Netzach que garante que essa busca não será em vão. Pois o Eterno não despreza os que o buscam com constância.
A recompensa dos que têm fome e sede de justiça não é apenas futura: já neste mundo eles são alimentados com a presença do Mashiach — o Justo que justifica, o Justo que consola, o Justo que vence. Ele é a plenitude da fome satisfeita, a sede saciada pelo rio da vida.
Assim como Netzach representa a eternidade vitoriosa, os famintos por justiça são chamados à esperança incorruptível: eles verão a justiça reinar, pois o Justo Rei, Yeshua, está vindo com seu cetro — e sua fome será, enfim, um banquete eterno.

פולוס וואלי disse...


✦ Seção 5
"Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia."
(Mateus 5:7)
Sefirá correspondente: תִּפְאֶרֶת (Tiferet — Beleza / Compaixão)
Tiferet, literalmente “beleza” ou “esplendor”, é o coração da Árvore da Vida, tanto em posição quanto em essência. Ela se encontra entre Chesed (bondade) e Gevurah (justiça), e por isso é sua síntese, equilíbrio e harmonia. Enquanto Chesed doa sem limites e Gevurah julga com rigor, Tiferet dosa com perfeição, revelando o rosto mais sublime do Eterno — a compaixão.
É em Tiferet que a misericórdia verdadeira nasce: não como um sentimento frágil, mas como o fruto de um coração que entende a dor alheia e age com justiça temperada pelo amor. No Zohar, Tiferet é identificada com o aspecto do “Filho” — o mediador entre o Pai (Chochmah) e a Mãe (Binah), entre o Alto e o Baixo, entre Deus e a humanidade. É também a sefirah que mais diretamente representa o Mashiach, chamado Ben David, pois Ele é o canal em que as dimensões celestes encontram expressão terrena.
Quando Yeshua diz: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia”, Ele está proclamando um princípio profundo do universo espiritual: o que você manifesta nas sefirot se reflete de volta para você. Quem manifesta Tiferet — compaixão equilibrada, amor consciente, justiça temperada — se alinha com o Coração Divino, e por isso é coberto pela própria misericórdia que semeia.
Tiferet também é chamada de “Emet” — Verdade — pois a beleza da compaixão só é real quando está enraizada na verdade. Misericórdia sem verdade é condescendência. Verdade sem misericórdia é crueldade. Tiferet, no Mashiach, nos mostra como essas forças podem se unir em perfeita harmonia.
É nessa sefirá que a dor do mundo encontra um espelho divino. O Zohar (vol. III, 113b) diz:
“A compaixão de Tiferet desce como o orvalho sobre a terra, despertando o coração dos justos e chamando os caídos de volta à luz.”
A misericórdia proclamada por Yeshua não é passiva. É uma ação espiritual que imita o agir de Deus. É tomar sobre si a dor do outro — como Ele mesmo tomou sobre si as dores de Israel e do mundo (Isaías 53). É agir com bondade mesmo quando se tem o direito de julgar. É ver o outro com os olhos da eternidade, não da ofensa momentânea.
Por isso, os misericordiosos são chamados de bem-aventurados: porque participam da luz de Tiferet, que é a luz do Mashiach. Eles atraem para si aquilo que distribuem. Eles não apenas falam de misericórdia — eles se tornam canais da própria compaixão divina. E assim como se enraízam em Tiferet, serão cobertos por ela no Dia do Julgamento.
Yeshua, em sua vida, foi o reflexo perfeito da misericórdia de Tiferet. Ele tocava os impuros, perdoava os pecadores, chorava pelos perdidos, e nunca se afastava dos quebrados. Ele não anulava a justiça — Ele a transfigurava com amor. Ele não ignorava a dor — Ele a tomava para Si. Sua cruz é o ápice da Tiferet: a beleza de um Deus que sofre para restaurar.
A misericórdia, assim, torna-se mais do que uma atitude: é um reflexo da estrutura divina da Criação. É a Beleza que cura, o equilíbrio que salva, o centro que sustenta. Tiferet é o coração da Árvore — e os misericordiosos são aqueles que vivem a partir desse coração.
Por isso, os que agem com compaixão sincera serão cobertos pela compaixão do Eterno. Não porque mereçam, mas porque se tornaram espelhos da própria misericórdia de Deus. E como está escrito:
“O Senhor é misericordioso e compassivo, longânimo e grande em benignidade.”
(Salmo 145:8)
Yeshua, o Messias da Tiferet, nos chama a ser como Ele — não apenas recipientes da misericórdia, mas transmissores dela. E é nessa luz que a bem-aventurança se cumpre: os que agem com Tiferet, viverão sob o esplendor da mesma.

פולוס וואלי disse...

✦ Seção 6
"Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus."
(Mateus 5:8)
Sefirá correspondente: גְּבוּרָה (Gevurah — Força / Julgamento / Disciplina)
Gevurah, situada à esquerda de Tiferet na Árvore da Vida, representa a força que restringe, a severidade que corrige, a justiça que disciplina e separa. É a “Mão Esquerda” de Deus — não como oposição ao bem, mas como aspecto necessário da santidade. Se Chesed dá, Gevurah delimita. Se Tiferet harmoniza, Gevurah purifica.
A palavra Gevurah vem da raiz גבר, que transmite a ideia de domínio, superação e força interior. Na tradição cabalística, é a sefirá da din (justiça rigorosa), associada ao poder de julgar e também ao poder de se conter. A pureza nasce exatamente aqui: na capacidade de restringir o ego, de controlar impulsos, de filtrar intenções.
Yeshua, ao proclamar “Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus”, não se refere apenas à inocência, mas à pureza conquistada por dentro — aquela que resulta de refinamento moral, disciplina espiritual e verdade interior. Um coração puro é aquele que foi passado pelo fogo da Gevurah — e saiu limpo.
Na linguagem mística, Gevurah é como o crisol que refina a prata, como a tesoura do oleiro que remove o excesso de argila para que o vaso se torne perfeito. A pureza de coração é fruto de restrição santa, de introspecção, de autodomínio. É o resultado de avodah — o serviço interno, a batalha contra o eu inferior.
O Zohar afirma:
“Aquele que não refina seu coração, não pode ver o brilho da Presença Divina.”
(Zohar, vol. II, 114b)
Na Kabbalah, Gevurah também representa o “temor reverente” (yir’ah) — a consciência da presença divina que leva o homem a se purificar, a se restringir, a buscar santidade interior. Yeshua aponta justamente para isso: não é o puro por aparência que verá Deus, mas o puro por essência — aquele cujo coração foi lavado, examinado e moldado.
A recompensa dessa purificação é extraordinária: “verão a Deus”. Esta é uma promessa não só escatológica, mas espiritual — pois o puro de coração começa a discernir a presença divina mesmo neste mundo. Eles enxergam a Deus onde os impuros veem apenas caos. Eles percebem Sua mão na vida, Sua voz no silêncio, Sua luz na sombra.
Yeshua mesmo passou pelo caminho da Gevurah: jejuando no deserto, vencendo as tentações, dominando-se a si mesmo, resistindo à violência com mansidão, mantendo o coração limpo diante dos acusadores. Ele é o Justo cujo coração jamais se contaminou — o reflexo exato de um coração totalmente puro. E por isso, como está escrito:
“Ninguém jamais viu a Deus; o Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.”
(João 1:18)
O puro de coração vê Deus porque passa a ver como Deus vê. Seus olhos não estão embaçados pelas paixões, pela soberba, pela raiva, pela luxúria — mas enxergam através do véu da Gevurah, como o sacerdote que entra no Santo dos Santos com mãos limpas e coração puro.
Como diz o Salmo 24:3-4:
“Quem subirá ao monte do Senhor? Quem estará no seu santo lugar? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração...”
Gevurah nos lembra que a santidade não é dada — é buscada. Não é facilidade — é conquista. A pureza não é ausência de pecado, mas a presença do desejo ardente de não pecar. E essa chama é acesa no altar de Gevurah, onde o fogo da disciplina consome a impureza e purifica o ouro interior.
Assim, os puros de coração são bem-aventurados porque foram refinados. E por essa razão, têm olhos para ver o invisível. Eles verão a Deus — tanto agora em vislumbres na alma, quanto plenamente no Reino, quando o véu cair e a Luz brilhar sem medida.

פולוס וואלי disse...

✦ Seção 7
"Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus."
(Mateus 5:9)
Sefirá correspondente: חֶסֶד (Chesed — Amor / Misericórdia / Bondade)
Chesed é a primeira das sefirot emocionais (depois das intelectuais) e representa a bondade irrestrita, o amor expansivo e desinteressado que flui do Eterno como expressão inicial de Sua vontade de se revelar e sustentar a criação. É a “Mão Direita” de Deus — o ato de doar, criar, abençoar sem medidas.
Na Kabbalah, Chesed é associada à qualidade de ahaváh (amor), à benevolência espontânea, à energia do doar por si só. Ela não mede o merecimento do receptor — simplesmente se derrama, como um rio que não pergunta quem vai beber dele. É, por isso, o primeiro movimento de Deus rumo ao outro. O mundo, ensina o Zohar, não poderia existir sem Chesed, pois Gevurah, isolada, o consumiria em sua justiça perfeita.
Os pacificadores — os que promovem a paz entre os homens e entre o homem e Deus — são o reflexo mais elevado de Chesed em ação no mundo. Quando Yeshua proclama: “Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus”, Ele revela a identidade mais próxima do Divino que um ser humano pode atingir: aquele que age como o próprio Pai, que cria harmonia, reconciliação e comunhão.
A paz, na linguagem hebraica, é shalom, e sua raiz (שלם) está ligada a integridade, completude, plenitude. Promover a paz é restaurar o que foi rompido. É devolver à criação o seu estado original de unidade. É ser um canal da Chesed divina que cobre multidões de pecados (Pv 10:12) e reconcilia inimigos — seja entre irmãos, seja entre o pecador e o Altíssimo.
Chesed é o atributo de Avraham Avinu, o primeiro patriarca, que acolhia a todos em sua tenda e intercedia até mesmo por Sodoma. Sua bondade não era fraca, mas ousada. Assim também são os pacificadores — eles não apenas evitam conflito; eles intervêm com amor, lançam pontes onde havia abismos, curam feridas com gestos de misericórdia ativa.
Yeshua, o Mashiach, é o Pacificador por excelência — chamado Sar Shalom (Príncipe da Paz) em Isaías 9:6. Ele não apenas ensinou sobre paz — Ele desceu do Céu para fazer paz entre os homens e Deus, entre judeus e gentios, entre o Céu e a Terra. Como Paulo escreve:
“Pois Ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um, e derrubou a parede de separação que estava no meio.”
(Efésios 2:14)
Chesed, no corpo humano segundo a Kabbalah, corresponde ao braço direito — aquele que se estende para dar, para acolher, para proteger. O pacificador é, portanto, a mão estendida de Deus no mundo. Ele é canal de Chesed, mensageiro do Amor do Alto. E por isso, como disse Yeshua, será chamado filho de Deus — porque age como o Pai.
Filho de Deus não é apenas um título espiritual: é uma identificação. Quem age como Deus, revela sua filiação. E Deus é, acima de tudo, rachum ve’chanun — compassivo e cheio de graça. O pacificador é aquele que carrega esse DNA espiritual e o manifesta nas suas relações.
No Zohar (vol. II, 135a), lemos:
“Grande é a paz, pois é o vaso que contém todas as bênçãos. E quem promove a paz é como aquele que sustenta o mundo.”
Por isso, o pacificador é bem-aventurado: porque seu gesto é mais do que humano — é divino. Seu trabalho não é só ético, mas cósmico. Ele está restaurando fragmentos do Éden, preparando o mundo para a plenitude messiânica.
E na vida futura, como herança da paz que semearam, esses filhos de Deus serão recebidos no Reino onde a paz é permanente, e a Chesed flui como um rio, sem barreiras, sem medidas.

פולוס וואלי disse...

✦ Seção 8
"Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus."
(Mateus 5:10)
Sefirá correspondente: בִּינָה (Binah — Entendimento / Matriz / Geração Espiritual)
Binah, a mais elevada entre as sefirot inferiores (excetuando Keter), é a sefirah do “Entendimento” — mas não no sentido apenas intelectual. Na Kabbalah, Binah é o “útero espiritual” onde a luz de Chochmah (Sabedoria) é recebida, processada e estruturada. Representa o princípio feminino supremo — o aspecto materno de Deus — e está ligada ao mistério da dor transformadora, da maturação interior e da justiça compassiva.
Chamada também de Ima Ila’ah (A Mãe Superior), Binah é a fonte da teshuvá (retorno) e o lugar onde a alma é formada. No Zohar (vol. III, 124b), lemos:
“Binah é o lugar onde os gritos dos oprimidos sobem, e ali são transformados em consolo.”
Ao dizer: “Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus”, Yeshua revela a dimensão espiritual do sofrimento redentor. A perseguição por amor à justiça — e não por vaidade ou ideologia — não é um castigo, mas um processo de gestação espiritual. O justo perseguido está sendo formado em Binah, onde o sofrimento se converte em entendimento e o entendimento em glória.
Binah está ligada ao atributo de julgamento elevado (din refinado), mas também ao consolo que só pode vir após a dor profunda. Ela é a matriz onde o grito do justo perseguido é recolhido e transformado. Como diz o Salmo 56:8:
“Recolheste as minhas lágrimas no teu odre — não estão elas no teu livro?”
Os perseguidos por justiça são aqueles que não recuam mesmo quando tudo está contra eles. Eles permanecem firmes como os profetas antigos, como os mártires, como o próprio Yeshua. E essa firmeza, embora aparentemente fraca aos olhos do mundo, é uma fortaleza espiritual oculta em Binah — onde o Eterno guarda os que sofrem por Sua Verdade.
Binah também é ligada à dor das contrações — não no sentido físico apenas, mas espiritual. Ela é o lugar da transformação da dor em vida. Como está escrito no Zohar (vol. I, 200a):
“Todo julgamento que passa por Binah torna-se um trono para a misericórdia.”
Yeshua, como o Servo Justo, foi perseguido por causa da justiça. Ele não apenas falou sobre isso — Ele viveu isso até o fim. Acusado falsamente, julgado injustamente, desprezado e crucificado, Ele foi o exemplo supremo da bem-aventurança aqui proclamada. E ao ressuscitar, Ele recebeu o Reino — e abriu o caminho para que os perseguidos por amor à justiça compartilhassem desse Reino.
Os que sofrem por justiça, portanto, não são esquecidos. Seu sofrimento é memória viva no seio de Binah. Eles estão sendo gerados espiritualmente para reinar. Como diz Paulo:
“Se com Ele sofremos, com Ele também reinaremos.”
(2 Timóteo 2:12)
E como diz Daniel:
“Os sábios resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas sempre e eternamente.”
(Daniel 12:3)
A justiça pela qual são perseguidos é a própria luz da Torá viva, personificada no Mashiach. E sua recompensa não é passageira — é o Reino dos Céus. Não lhes será dado apenas no porvir — já lhes pertence. Porque onde está o sofrimento redentor, ali também está a semente da realeza.
Binah, como ventre espiritual, é o lugar onde os perseguidos são moldados à imagem do Filho — o Justo por excelência — para, com Ele, herdarem o Reino.

פולוס וואלי disse...

✦ Seção 9
"Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem, e perseguirem, e mentindo disserem todo mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque grande é o vosso galardão nos céus."
(Mateus 5:11–12)
Sefirá correspondente: חָכְמָה (Chochmah — Sabedoria / Intuição Divina)
Chochmah é a segunda das sefirot em ordem descendente, situada à direita de Binah, formando com ela a primeira polaridade da Árvore da Vida. Seu nome significa “Sabedoria”, mas no contexto místico, ultrapassa a mera racionalidade. Chochmah é a centelha inicial da iluminação divina — o raio de luz que surge antes de toda explicação, o ponto primordial da consciência que brota diretamente do Ein Sof.
Na linguagem do Zohar, Chochmah é associada ao “olhar superior” — a visão do todo que ainda não foi dividido em partes, o vislumbre da verdade antes que ela seja vestida com palavras. Por isso, Chochmah é associada à insight, da'at elyon (conhecimento superior) e até mesmo à emunah (fé confiante). É a sabedoria que vê para além do véu, e por isso, sustenta o justo em meio à dor.
Yeshua, ao declarar: “Bem-aventurados sois vós...”, não está mais falando em termos gerais. Agora Ele se volta diretamente aos discípulos, como quem lhes entrega um segredo espiritual: quando forem perseguidos, injuriados, caluniados — não desanimem. Pelo contrário: alegrem-se e exultem. Isso é sabedoria oculta, não lógica natural.
Essa reação contrária ao mundo — alegria em meio à rejeição — é o reflexo direto de Chochmah. O homem natural se abate quando é odiado injustamente. Mas o homem cuja alma tocou Chochmah percebe que há uma glória escondida no sofrimento. Ele vê, como Moisés viu do monte, a Terra Prometida. Ele compreende que a leve e momentânea tribulação produz eterno peso de glória (cf. 2 Coríntios 4:17).
No Zohar (vol. III, 132a), lemos:
“Chochmah é o olho que tudo vê, que contempla o fim desde o princípio. E o justo que sofre por amor a Ela, é consolado por sua luz.”
Yeshua, a manifestação viva da Sabedoria divina (cf. Provérbios 8:22-31; 1 Coríntios 1:24), é Aquele que foi mais injuriado, mais rejeitado, mais caluniado. No entanto, nunca perdeu o brilho de Chochmah nos olhos. Ele sabia que cada escárnio sofrido era uma coroa oculta; cada golpe, uma revelação do Reino que estava por vir.
Os discípulos que partilham de sua rejeição partilham também de sua glória. Eles são chamados a acessar essa Sabedoria superior — que não apenas os fortalece, mas os transforma. Como diz Tiago:
“Se algum de vós tem falta de sabedoria (chochmah), peça-a a Deus… bem-aventurado o homem que suporta a provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida.”
(Tiago 1:5,12)
Chochmah vê além. Os que nela habitam já enxergam o galardão nos céus. E essa visão os torna invencíveis. Não porque não sofram, mas porque sabem o que o sofrimento significa à luz da eternidade. O mundo os calunia, mas o Céu os coroa. A terra os rejeita, mas o Alto os recebe.
Chochmah também é chamada Abba (Pai), representando a semente da realidade, a origem da intenção divina. Os que são injuriados por causa do Nome de Yeshua estão, na verdade, participando da intimidade do Pai — pois estão sendo associados ao sofrimento do Filho.
Yeshua nos dá aqui o segredo da alegria indestrutível: Sabei por que estais sofrendo, e vossa alma se elevará acima da dor. Esta é a bem-aventurança suprema: não apenas suportar a perseguição, mas alegrar-se nela — porque a sabedoria já vê o galardão.

פולוס וואלי disse...

✦ Seção 10
Keter — A Coroa Oculta: O Mashiach como Elo Vivo entre o Homem e o Ein Sof
Sefirá final: כֶּתֶר (Keter — Coroa / Vontade Suprema / Unidade Insondável)
Keter, a mais alta das sefirot, não é plenamente compreensível. Representa a vontade suprema de Deus (Ratzon Elyon), a fonte primordial de toda emanação, o ponto onde o Ein Sof — o Infinito, O Eterno — começa a se manifestar. Ela não possui forma, nem medida, nem descrição plena. É chamada no Zohar de Reisha d'lo Ityada — "A Cabeça que não é conhecida". É a luz antes da luz. O pensamento antes de todo pensamento. O silêncio anterior à primeira palavra.
Keter é ao mesmo tempo origem e destino. É a coroa colocada sobre a cabeça da Criação, e também a coroa que aguarda os justos no mundo por vir. É a vontade de amar, de criar, de revelar — ainda antes do tempo, ainda antes da divisão.
Mas a Kabbalah ensina algo ainda mais profundo: que embora Keter pareça estar “acima” de tudo, ela está, na verdade, “envolvendo” tudo — makif al kol ha’olamot — circundando todos os mundos, sustentando todas as realidades. Ela está nos céus mais altos e nos pontos mais baixos — pois nada está fora de sua abrangência.
É nesse ponto que entra o mistério mais sublime: o Mashiach é o canal de Keter para o mundo. Ele é o “portador da Coroa”, a emanação pura da Vontade Divina, a ponte viva entre o Infinito e o finito. Ele não é apenas um rei, mas o Ungido com o óleo da Keter — a própria essência do desejo divino encarnado no tempo.
O Zohar (vol. III, 153b) declara:
“O Mashiach procede do Pensamento Oculto de Deus, de Keter, onde todas as misericórdias se originam. Por isso Ele é chamado ‘Ancião de Dias’, pois sua origem é anterior a todos os tempos.”
É por isso que em Provérbios 8, a Sabedoria (que a tradição messiânica vê como um reflexo do Mashiach pré-encarnado) diz:
“O Senhor me possuía no princípio de sua obra, antes de suas obras mais antigas. Desde a eternidade fui estabelecida, desde o princípio, antes do começo da terra.”
Keter também é associada ao termo Tiferet haAdam haKadmon — a “Coroa do Homem Primordial”, a Coroa do próprio Mashiach em si mesmo. E como aprendemos com os cabalistas, esse Homem Primordial (Adam Kadmon) é o protótipo da humanidade perfeita, a imagem arquetípica através da qual todas as coisas foram criadas. O Mashiach é a realização plena desse Adam — Ele é a “imagem do Deus invisível” (Colossenses 1:15), o canal direto entre Keter e o mundo.
Por isso Yeshua diz:
“Ninguém conhece o Pai senão o Filho, e ninguém conhece o Filho senão o Pai e aquele a quem o Filho o quiser revelar.”
(Mateus 11:27)
E ainda:
“Respondeu Yeshua: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.”
(João 14:6)

Aquele que carrega a Keter é também aquele que pode levar os outros a ela. Ele é o “Sullya de’alma” — a escada do mundo (Zohar, vol. I, 183a), o Caminho, a Verdade e a Vida. É por meio dEle que o homem retorna ao seu estado original e se reconecta ao Eterno.

פולוס וואלי disse...

O nome “Yeshua” (יֵשׁוּעַ) pode ser lido misticamente como acróstico de Yachid-Shel-Olam-Umelech-Atzilut — “O Único do Universo e Rei de Atzilut”, o mundo das emanações puras.
As bem-aventuranças são os degraus dessa ascensão. Cada uma delas desperta uma sefirá. Cada qualidade cultivada transforma o interior do discípulo num vaso mais amplo para conter a Luz. E quando todas essas sefirot se alinham — quando o coração se esvazia em Malkhut, chora em Yesod, se humilha em Hod, persevera em Netzach, ama em Chesed, purifica-se em Gevurah, equilibra-se em Tiferet, sofre por justiça em Binah e vê através da fé por Chochmah — então a alma é elevada à Coroa e se torna um com o Mashiach Yeshua e este por sua vez o une ao Eterno, como um cordão umbilical de Luz liga o feto à sua fonte de vida em sua mãe.
Keter não pode ser conquistada. Ela é concedida. Mas é através do Mashiach que ela é revelada.
Como está escrito:
“Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa (Keter) da vida.”
(Apocalipse 2:10)
E também:
“E os redimidos do Senhor voltarão, e virão a Tsión com júbilo eterno sobre as suas cabeças; e terão gozo e alegria, e a tristeza e o gemido fugirão.”
(Isaías 35:10)
Esse “júbilo eterno sobre as cabeças” é, segundo os sábios do Zohar, a Keter que o Eterno colocará sobre os justos no fim dos tempos.
Keter é a origem, o destino e a herança final dos que seguem o Caminho do Mashiach.

פולוס וואלי disse...

O Servo Sofredor Descrito Por Yeshayahu

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